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Estado de Minas

Oposição e base governista trocam acusações sobre crise financeira de Minas

Um dia depois da apresentação pelo governo do diagnóstico sobre a situação financeira e administrativa do estado, parlamentares petistas e tucanos voltam a trocar acusações


postado em 08/04/2015 06:00 / atualizado em 08/04/2015 07:32

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Uma tarde movimentada na Assembleia: enquanto numa sala deputados da base governista discutiam a criação de comissão especial, em outra parlamentares da oposição ironizavam os 100 dias de Pimentel(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Uma tarde movimentada na Assembleia: enquanto numa sala deputados da base governista discutiam a criação de comissão especial, em outra parlamentares da oposição ironizavam os 100 dias de Pimentel (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

A troca de farpas entre petistas e tucanos em torno dos dados sobre a situação financeira do estado – apresentados na segunda-feira pelo governador Fernando Pimentel (PT) e pelos secretários – movimentou nessa terça-feira a Assembleia Legislativa. Enquanto a oposição agia com ironia ao levar um bolo e uma caixa de presentes aos mineiros em “comemoração” aos 100 dias da administração petista, o bloco governista discutia a criação de uma “comissão especial da herança maldita”, com a missão de colocar frente a frente os atuais secretários e os anteriores para debater as 306 páginas do documento elaborado pela equipe do Executivo e propor soluções para a crise financeira do estado.

Em uma caixa de papelão envolta em laço de fita branco, o bloco de oposição na Assembleia apresentou uma lista de 10 “presentes” que a gestão petista teria dado aos mineiros nos 100 primeiros dias de governo. Entre eles, o aumento do número de secretarias – que passaram de 17 a 21 –, o reajuste dos salários dos subsecretários de estado, em detrimento dos demais servidores, e retrocessos nas áreas de educação e cultura, além da falta de transparência. Na área administrativa, o “presente” seria o apadrinhamento de aliados. Outra medida apelidada pelos opositores de “pedalada fiscal” é a não previsão no orçamento dos ganhos com as novas tarifas da conta de luz.

“Não estamos aqui para responder o governo sobre o vexame que eles apresentaram nessa terça-feira, mas para comemorar, ou lamentar, os 100 primeiros dias de um governo que não trouxe até agora nenhum bom serviço para a população”, afirmou o líder da minoria, Gustavo Valadares (PSDB). O tucano disse que o papel da oposição será cobrar as promessas de campanha, entre elas as de diminuir o ICMS sobre a conta de energia e instituir o piso nacional da educação para os professores.

A oposição também questionou o fato de os aliados de Pimentel terem barrado a aprovação de um reajuste geral de 4,6% para o funcionalismo no ano passado, alegando que traria de volta a discussão a partir de fevereiro. Mesmo contestando todas as informações apresentadas por Pimentel contra a gestão tucana continuada por Alberto Pinto Coelho (PP) no Palácio Tiradentes, os parlamentares afirmaram que não tomarão medidas. “Mentir não é crime. O que estamos fazendo é mostrar a verdade”, disse Bonifácio Mourão (PSDB).

Deturpado

Em reunião entre os deputados da base de sustentação de Pimentel, o líder do governo na Assembleia, Durval Ângelo (PT), defendeu a criação de uma comissão especial na casa, com a possibilidade de desmembrar em um grupo específico para investigar a construção da Cidade Administrativa – inaugurada em março de 2010. Segundo o petista, a sugestão de apurar as obras e gastos da nova sede do governo partiu do próprio Pimentel, em conversa telefônica na manhã dessa terça-feira. Para criar a comissão, são necessárias as assinaturas de 26 parlamentares e do aval da Mesa Diretora da Casa.

“A Cidade Administrativa foi construída com um discurso de reduzir gastos com aluguel, e hoje está comprovado que o governo gasta mais que antes. A estrutura também é muito cara, o custo da construção foi duas vezes maior que o previsto. O povo de Minas tem que saber de tudo, um choque de verdade”, afirmou, em ironia ao choque de gestão – principal bandeira do governo tucano em Minas.

Aos parlamentares presentes no encontro, Durval também pediu que eles usassem o tempo disponível na reunião plenária – durante o chamado pinga-fogo – para mostrar aos mineiros o que chamou de “gestão mal feita” dos gastos públicos nos últimos 12 anos. Sobre as críticas e o bolo da oposição, Durval foi enfático: “Então eles têm que ter mais cuidado com o que estão votando, pois aprovaram por unanimidade os dados financeiros do orçamento deste ano”.


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