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Estado de Minas

Aécio diz que momento político que leve ao impeachment "não está longe de ocorrer"

Senador criticou ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, escalados para falar sobre os protestos


postado em 17/03/2015 06:00 / atualizado em 17/03/2015 07:16

Aécio ironizou os ministros Rossetto e José Eduardo Cardozo dizendo que eles pareciam não estar no planeta Terra ao analisar as manifestações(foto: Geraldo Magela/AgÊncia Senado 05/11/14)
Aécio ironizou os ministros Rossetto e José Eduardo Cardozo dizendo que eles pareciam não estar no planeta Terra ao analisar as manifestações (foto: Geraldo Magela/AgÊncia Senado 05/11/14)

Um dia depois de milhares de brasileiros irem às ruas se manifestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) disse nessa segunda-feira que um momento político que leve ao impeachment da petista “não está longe de ocorrer”, mas que torce para não ser necessário. Segundo o tucano, o afastamento de um presidente eleito pode se dar por razões jurídicas, o que “ainda não está colocado”, ou por um componente de ordem política, o que pode ser expresso por “insatisfação generalizada da população brasileira”.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o tucano afirmou que “falar em impeachment não é golpe”. Ele criticou o fato de Dilma ter escalado os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, para falar sobre as manifestações no domingo à noite. De acordo com ele, a fala dos emissários do Planalto foi patética. “Depois dessa manifestação, com essa dimensão, a presidente da República não se dignou a vir olhar nos olhos dos brasileiros para tentar entender minimamente o que está acontecendo”, afirmou, antes de Dilma falar sobre o assunto ontem durante a solenidade de sanção do Código de Processo Civil.

Segundo Aécio, os dois ministros “parece que não estavam no planeta Terra” no dia das manifestações ou “não entenderam absolutamente nada”. Aécio ironizou a fala de Rossetto, de que os que estavam nos protestos eram os que não votaram em Dilma e disse se sentir homenageado. “Se fosse assim, certamente eu teria vencido as eleições e o Brasil não assistiria a um depoimento tão patético como esse a que assistimos, acompanhado de um grande panelaço”.

Para o senador, que ajudou a convocar o povo para os protestos em um vídeo na internet, os protestos refletem o sentimento das pessoas, que se sentem lesadas. Apesar de ter feito a convocação, o tucano não participou dos atos. Aécio disse que Dilma precisa fazer um “mea culpa” e pedir desculpas “por tantos desmandos” e alinhar seu governo ao desejo dos brasileiros. “Todos nós estamos sujeitos a erros, ela precisa reconhecer os equívocos e mudar”.

Aécio disse que a presidente “esnobou a inteligência do brasileiro” ao dizer que a crise econômica decorre de um cenário de dificuldades internacional. O tucano afirmou ainda que a petista acredita ser possível “fazer um governo do ministro Joaquim Levy e manter o discurso da campanha eleitoral”. Segundo Aécio, se tivesse conseguido se eleger presidente, enfrentaria os mesmos problemas mas teria em seu favor uma forma diferente de governar. “Seríamos o governo da previsibilidade. Esse governo vive uma crise de desconfiança que nós não viveríamos. O governo é ineficiente e corrupto. (Com agências)


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