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Estado de Minas

Aécio diz que não irá à manifestação 'para não dar ideia de 3º turno'


postado em 11/03/2015 21:01

São Paulo, 11 - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse ao Programa 'Os Pingos nos Is', da rádio Jovem Pan, que não deverá participar dos protestos marcados para este domingo, 15, e que terão como mote principal a defesa do impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), porque essa é uma manifestação da sociedade apartidária e ele não quer dar margem aos que acusam seu partido de estar querendo realizar uma espécie de terceiro turno da eleição presidencial. "Não colocarei azeitona nessa empada de que essas manifestações significam a tentativa de um terceiro turno", disse o senador.

Segundo Aécio, a manifestação do dia 15 é espontânea, foi convocada pelas redes sociais e não tem, "como diz o PT", a coordenação de nenhum partido. E criticou o partido da presidente da República. "O problema é que o PT não tem a capacidade de compreender o que ocorre hoje no Brasil, com manifestações surgindo de forma espontânea em vários setores da sociedade, com bandeiras múltiplas. E é natural que os partidos participem dessas manifestações porque precisamos acabar com essa bobagem de que só o PT é quem pode decidir sobre o que a sociedade brasileira pode se manifestar."

Na entrevista à rádio, Aécio disse que lideranças de seu partido irão participar do ato do dia 15. "A presença de parlamentares e lideranças do PSDB mostrará nosso apoio e indignação ao que está acontecendo no Brasil. Mas é preciso deixar claro que esta é uma manifestação espontânea dos cidadãos indignados. Quanto mais tiver a cara da sociedade apartidária, mais legítimo será."

Apesar de dizer que não pretende participar do ato deste domingo, o presidente do PSDB ponderou: "Como sou um cara de rompantes, quem saiba eu não resisto (e decida ir) na última hora."

Impeachment

Questionado sobre se o seu partido defende ou não o impeachment de Dilma, Aécio disse que essa não é uma palavra proibida, mas desde que adquiridas as condições políticas e jurídicas para a sua votação. "Se forem criadas essas condições, vamos discutir com serenidade e responsabilidade", destacou. "Essa manifestação (dia 15) terá pessoas que querem o afastamento da presidente", disse, argumentando que o componente de ordem política vem crescendo no Brasil, justamente pelo descompasso do que a sociedade deseja com as ações adotadas pelo governo.

No final da entrevista, ele disse que "o desespero do governo (Dilma) é tão grande que convoca pessoas pra irem às ruas (em sua defesa)". E lembrou do ocorrido no governo Collor, quando ele convocou as pessoas para defender sua gestão e elas foram às ruas pedir o seu impeachment. E disse que "custa a crer" que a CUT terá condições de ir para as ruas defender uma pauta de supressão dos direitos trabalhistas, contidas no pacote fiscal do governo. E disse que essa poderá ser mais uma manifestação contrária ao governo Dilma.


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