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Estado de Minas

Disputa pela presidência da Câmara mobiliza aliados dos três principais candidatos

Políticos conquistaram ontem apoios de peso. Dissidências, porém, são motivo de preocupação


postado em 31/01/2015 06:00 / atualizado em 31/01/2015 07:43

Brasília – A 48 horas da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, reuniões e articulações políticas marcaram o dia em Brasília ontem. Aliados dos três principais candidatos ao cargo – Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) – contabilizaram votos e dissidências para garantir a vitória amanhã, a partir das 18h, quando terá início a disputa pelo voto dos 513 deputados federais eleitos em outubro. Enquanto o parlamentar mineiro teve assegurado o apoio do PSDB e do PV, Cunha conquistou os votos do PRB. Já Chinaglia tem a seu lado o Palácio do Planalto, que entrou de cabeça na disputa, mobilizando ministros do PT e de outros partidos para turbinar a candidatura do paulista.


Contrariando orientação do ministro do Esporte, George Hilton (PRB-MG), os colegas de partido referendaram na manhã de ontem o apoio ao candidato do PMDB, Eduardo Cunha. De acordo com o deputado Beto Mansur (SP), a bancada argumentou que mudar de posição deixaria os parlamentares do partido em uma situação constrangedora. “O ministro entendeu nossa decisão e disse que irá votar em Chinaglia”, afirmou o parlamentar. O PRB elegeu uma bancada de 21 deputados, e segundo Mansur, três ou quatro deles deverão votar no PT.

E as dissidências não serão apenas no PRB. A coordenação de campanha de Arlindo Chinaglia estima que pelo menos sete dos 69 deputados federais do PT não votarão no candidato da legenda. As justificativas vão desde desentendimentos pessoais até problemas de correntes internas. Circulam na lista de traições os deputados Gabriel Guimarães (MG), José Airton (CE), Beto Faro (PA), José Mentor (SP), Luiz Sérgio (RJ), Assis Carvalho (PT-PI) e Vander Loubet (MS), que ainda podem ser pressionados pela direção do PT a mudar o voto.

Eduardo Cunha calcula que cerca de 20 petistas poderão escolher o seu nome. Ontem, porém, ele perdeu o apoio do PSDB, que havia sinalizado com essa possibilidade. Em encontro em um hotel de Brasília, a bancada tucana decidiu manter a aliança com Júlio Delgado. Prevaleceu, com isso, a opinião do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da legenda, que havia costurado a aliança com Delgado em retribuição ao apoio que o PSB deu à sua candidatura à Presidência da República, no segundo turno das eleições. Apesar disso, é dado como certo que na votação secreta de amanhã, vários tucanos  vão votar em Cunha, candidato de um partido governista, mas que não conta com o apoio do  Planalto.

“O PSDB agirá como partido político, o PSDB não permitirá cooptações, e o candidato que achar que pode fazê-las, irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado em sua integralidade, é assim que espero”, afirmou Aécio, que apareceu ontem publicamente pela primeira vez este ano e chamou atenção com o novo visual: uma barba bem aparada, mesclando proporções semelhantes de pelos ainda castanhos com grisalho. “O visual pode mudar, só não muda o discurso”, brincou o tucano. Segundo ele, Delgado reúne as melhores condições de conduzir a Câmara de forma independente.

No embalo do PSDB, o PV também fechou aliança com o socialista depois de uma conversa de Aécio com o comando da legenda. O líder do PV na Câmara, Zequinha Sarney (MA),  rejeitou o convite de Eduardo Cunha para formar um bloco. Em troca do apoio, Cunha havia oferecido espaço de destaque em comissões na Casa para o PV. Somando votos do PSB, do PSDB, do PV e do PPS, Júlio Delgado teria o apoio de 106 deputados. Para evitar um segundo turno, o PMDB trabalha para esvaziar a candidatura do parlamentar mineiro. (Com agências)


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