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Estado de Minas

Pimentel adere à candidatura de Chinaglia a presidente da Câmara dos Deputados

Em Belo Horizonte, candidato do PT à presidência da Câmara tem apoio oficial do governador à sua campanha e afirma que terá votos de parlamentares de todas as legendas, sem 'exceção'


postado em 27/01/2015 06:00 / atualizado em 27/01/2015 07:36

Chinaglia e Pimentel durante almoço com a presença de representantes de partidos da bancada mineira (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Chinaglia e Pimentel durante almoço com a presença de representantes de partidos da bancada mineira (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)

O candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT), garantiu nessa segunda-feira (26) que terá votos de parlamentares de todas as legendas e considerou uma ofensa a todos os deputados federais a acusação de que, se eleito, comandará uma Casa submissa ao Executivo. O petista foi homenageado em Belo Horizonte em um almoço com a presença do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e parlamentares de vários partidos da bancada do estado, como PV, PTdoB, PTB, PSD, PCdoB, PTC, PP e até mesmo do PSDB.

Como parte de uma estratégia do governo federal, que vem investindo pesado entre seus aliados para aumentar o apoio a Chinaglia – a presidente Dilma Rousseff (PT) teria convocado pessoalmente os governadores a mobilizarem suas bancadas –, Pimentel pediu o voto dos parlamentares no almoço. Minutos depois, a adesão do governador já foi colocada nas redes sociais do candidato. “É o mais capacitado para conduzir o Parlamento”, disse Pimentel. Chinaglia disse que a entrada do governador em sua campanha “contribuiu de maneira decisiva para mudar o quadro em Minas, que era mais difícil no início”.

Em Minas, Chinaglia rebateu a declaração do adversário, o candidato Eduardo Cunha (PMDB), que na sexta-feira passada (23) garantiu ter maioria de votos dos 53 integrantes da bancada mineira. Nas contas de Leonardo Quintão (PMDB) ele teria de 30 a 35 votos. Já aliados do petista acreditam que ele pode ter de 28 a 32 votos. O petista afirmou tratar-se de “propaganda enganosa” e considerou a conta um desrespeito ao candidato do PSB de Minas, Júlio Delgado, com quem tem mostrado afinidade. “Ele (Cunha) já disse coisa pior. Disse que vai ganhar no primeiro turno”, afirmou.

Para o candidato à presidência da Câmara, o oponente pemedebista fez outras declarações “deselegantes”, entre as quais a de que, com ele, a Casa seria submissa ao governo Dilma. Chinaglia disse ser um desrespeito a todos os parlamentares. “Se você tem um Poder Legislativo subordinado ao Executivo, você está admitindo que os 512 deputados vão dizer amém para o presidente. É uma forma grave de desqualificar o conjunto. Discordo não por mim, discordo como deputado”, afirmou.

Segundo o candidato do PT, Eduardo Cunha tentou se firmar como nome independente, que representaria parte do governo e a oposição, mas isso não foi chancelado pelos adversários de Dilma, tanto que lançaram Júlio Delgado. Questionado se teria apoio de parte do PMDB, disse que não fala sobre conversas reservadas. “Mas posso garantir que, na minha percepção, terei votos em todas as bancadas partidárias, sem exceção.”

PETROBRAS
O petista disse que, se eleito, é o plenário que vai decidir sobre questões polêmicas, como mudanças nos impostos. Acrescentou que, pelo rito da Casa, presidente nem vota. E sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, defendida pelo adversário Eduardo Cunha, Chinaglia disse que não precisa incentivar a investigação para se defender. Cunha foi citado em depoimento na Operação Lava-Jato. “O argumento que é apresentado é o seguinte: ‘eu não devo, eu não temo, portanto defendo a CPI’. Eu não preciso provar isso, tenho história”, comparou Chinaglia.

Apesar de o PSDB estar fechado com a candidatura do mineiro Júlio Delgado, o partido teve dois filiados presentes. O ex-secretário de Ciência e Tecnologia no governo passado Nárcio Rodrigues (PSDB) disse ter comparecido não como tucano, mas como amigo de Chinaglia, de quem foi vice-presidente quando o petista presidiu a Câmara (entre 2007 e 2008). “É uma convivência de dentro de casa e eu nem voto nessa eleição”, afirmou. Já o filho Caio Nárcio, eleito também pelo PSDB para assumir uma vaga na Câmara, herdando o capital político do pai (e apto a votar), disse que quem chega ao Parlamento não pode se negar a conversar.

No encontro, o deputado Luis Tibé (PTdoB) afirmou que 17 dos 19 colegas do bloquinho (PRTB, PTdoB, PRP, PTC, PSL, PSDC, PTN e PMN) estão com o petista. Questionado se teria o apoio de Júlio Delgado caso vá para um segundo turno, Chinaglia disse que seria arrogante supor que estaria nele. Preferiu dizer que votará no mineiro, caso ele se viabilize.


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