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Estado de Minas

Aécio diz que acusação contra Anastasia é " falsa e covarde"

Presidente do PSDB defende ex-governador de Minas Gerais e cobra profunda investigação das denúncias que envolvem a estatal. Anastasia diz estar indignado e quer acareação com policial


postado em 09/01/2015 06:00 / atualizado em 09/01/2015 07:32

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, classificou como “falsa e covarde” a acusação de que o ex-governador de Minas Antonio Anastasia, eleito em outubro para o Senado, esteja sendo investigado pela Operação Lava-Jato – que apura o superfaturamento em contratos da Petrobras para pagamento de propina a partidos políticos. Segundo o tucano, “a acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada: um nome de clara oposição ao governo federal sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras”.


De acordo com nota oficial, assinada por Aécio Neves, o senador eleito já constituiu advogados que solicitará o aprofundamento das investigações para que fique demonstrado o “absurdo dessas supostas afirmações”. Para o tucano, um dos principais representantes da oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), o objetivo de divulgação de suposto envolvimento de Anastasia com a Operação Lava-Jato, tem como objetivo intimidar e constranger a oposição, mas o efeito será contrário. “O PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos 12 anos, durante a administração do PT na Petrobras”, diz Aécio.

O ex-governador Anastasia também reagiu com indignação: “Tomado de forte indignação, reporto-me a notícia publicada hoje (ontem) pela imprensa que se refere ao depoimento de um policial no âmbito da operação Lava-Jato, que alega ter entregue a mim dinheiro em 2010. Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão, nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef.” O senador eleito lembrou que, como governador de Minas, em 2010, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que também não tem obras no estado. Ele destacou que, como governador de oposição, não mereceria benesses do governo federal.

Em nota, Anastasia pede acareação com o policial que o citou. “Diante desse depoimento, que tive conhecimento ontem (quarta-feira), pelo jornal (Folha de S.Paulo), já constituí advogado com o propósito de solicitar o completo esclarecimento do episódio, por todos os meios possíveis, inclusive acareação com o acusador, para verificação de qual seria a tal casa, a data desse alegado encontro, o meio de locomoção utilizado e todos os demais elementos para demonstrar, de forma cabal, a inverdade do depoimento.”

O ex-governador de Minas foi citado, em 18 de novembro, em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filha, o Careca – preso por envolvimento na Operação Lava-Jato –, como suposto beneficiário de propina do esquema de corrupção comandado pelo doleiro Youssef. Ele teria entregado ao então candidato Anastasia R$ 1 milhão. O policial afirma que levou o dinheiro a uma casa em Belo Horizonte e que Youssef teria dito que o destinatário era o então candidato tucano, que se elegeu governador. A polícia mostrou então uma foto de Anastasia. “A pessoa que aparece na fotografia é muito parecida com a que recebeu a mala enviada por Youssef, contendo dinheiro”, disse Careca.

 


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