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Estado de Minas

Em BH, Aécio fala em esforço para nova CPI da Petrobras em 2015

Aécio avalia que é dever do Congresso reabrir no ano que vem a investigação sobre a estatal. Segundo ele, a oposição já está recolhendo assinaturas para criar nova comissão


postado em 12/12/2014 06:00 / atualizado em 12/12/2014 07:38

Aécio se reuniu ontem em BH com o governador Alberto Pinto Coelho, com o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, e deputados (foto: George Gianni/PSDB)
Aécio se reuniu ontem em BH com o governador Alberto Pinto Coelho, com o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, e deputados (foto: George Gianni/PSDB)

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou nessa quinta-feira, em Belo Horizonte, que a oposição já começou a reunir assinaturas para a abertura de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso Petrobras, em fevereiro do ano que vem, logo após a posse dos deputados da nova legislatura. “Com uma ação tão criminosa como esta, o Congresso não pode privar-se de estar ali, com os instrumentos e prerrogativas que tem, e avançar nessas investigações. Até porque, pelo que parece, isso vai envolver também parlamentares”, disse, sem citar nomes.

A oposição aposta que a deflagração da nova fase da Operação Lava-Jato, com a prisão de executivos das principais empreiteiras do país, irá render uma onda de delações premiadas, aumentando a tensão no Congresso e também enfraquecendo em seu início o segundo mandato do governo Dilma Rousseff (PT).

“O Congresso não deve continuar fora das investigações. Estamos defendendo isso já, colhendo assinaturas, para que no início de fevereiro, na instalação da nova sessão legislativa, nós possamos ter uma outra CPMI. Estamos contando com a opinião pública, para que não repita o desfecho vexatório que esta proporcionou ao Brasil”, declarou Aécio. De acordo com o tucano, a semana teria marcado um “final melancólico” da CPI. “O governo conseguiu blindá-la no Congresso Nacional, mas não conseguiu blindar as investigações, que continuarão ocorrendo, agora, inclusive em outros países, para que possamos ter, ao final, a punição exemplar de todos os envolvidos no maior crime de corrupção da história do Brasil”, disse.

Aécio fez crítica contundente ao que chamou de “rombo das contas públicas”, que, segundo ele, foi denunciado durante a campanha e que agora estaria se mostrando verdadeiro. Em referência à aprovação do PLN 36/2014, que autorizou o governo a mudar o cálculo da meta de superávit este ano, o senador tucano disparou: “O governo teve que cometer, a meu ver, a maior violência já cometida contra o Congresso Nacional: anistiar a presidente da República de um crime de responsabilidade, exatamente porque aquilo que denunciávamos durante a campanha eleitoral, o rombo das contas públicas, se mostrou verdadeiro”.

Base

Pessoalmente empenhado em manter “acesa a chama da oposição”, acenando para uma expectativa futura de poder, Aécio se reuniu ontem, em Belo Horizonte, com o governador Alberto Pinto Coelho (PP), o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), 32 deputados estaduais e federais que integraram a base de sustentação nos últimos 12 anos de governos tucanos em Minas e outros cinco novos deputados estaduais – Noraldino Júnior (PSC), Ione Pinheiro (DEM), Thiago Cota (PPS), Tito Torres (PSDB) e Felipe Attiê (PP).

Depois de agradecer pelo apoio nas eleições, projetou para o ano que vem a expectativa de um quadro recessivo, inflacionário e de falta de confiança na economia, com repercussão sobre estados e municípios. O tucano apelou para que todos continuem mobilizados. “Disse aos companheiros da importância de estarmos unidos cumprindo o papel que as urnas determinaram que cumpríssemos”, afirmou, garantindo que, embora tenha perdido as eleições, saiu da disputa com o que chamou de vitória política. “Hoje há uma expectativa muito maior em relação à nossa atuação do que se poderia imaginar.”

Aécio disse que, se tivesse vencido a eleição, o ajuste necessário a ser feito teria um custo menor do que o ajuste que se anuncia. Isso porque, para ele, há uma falta de credibilidade no segundo mandato da petista. “Nós jamais iríamos pelo caminho que me parece ser aquele que o governo sinaliza que vai percorrer, de aumento dos impostos e diminuição dos direitos trabalhistas. Essas são as duas principais sinalizações que a equipe econômica dá”, afirmou.

Salário devolvido

Candidato derrotado à Presidência, Aécio Neves (PSDB-MG) devolveu ao Senado os seus salários dos meses de agosto a outubro deste ano, período em que se dedicou à campanha eleitoral. As devoluções constam nos registros de arrecadação da instituição, que repassou os valores para o Tesouro Nacional. Foram três depósitos de R$ 26,7 mil ao Senado, valor equivalente à remuneração mensal dos congressistas. No total, o tucano repassou R$ 80,1 mil ao Senado. Os comprovantes de devolução estão disponíveis no Portal da Transparência do Senado. Aécio havia prometido devolver os salários porque optou por manter o mandato durante a campanha, ao contrário de outros congressistas , que se licennciaram.


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