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Estado de Minas

Dilma recebe relatório final da Comissão Nacional da Verdade e chora em cerimônia

Aplaudida de pé, a presidente precisou fazer uma pausa durante discurso no Palácio do Planalto


postado em 10/12/2014 10:16 / atualizado em 10/12/2014 11:48

Dilma segura um dos três volumes do relatório final da Comissão Nacional da Verdade(foto: Ichiro Guerra/PR)
Dilma segura um dos três volumes do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (foto: Ichiro Guerra/PR)

A presidente Dilma Rousseff se emocionou, na manhã desta quarta-feira, ao discursar em cerimônia, no Palácio do Planalto, de entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade – que durante 2 anos e sete meses investigou violações dos direitos humanos no Brasil entre 1946 e 1988, período de promulgação de duas constituições brasileiras. Dilma precisou dar uma pausa no discurso para conter as lágrimas. Aplaudida de pé pela plateia, formada por membros que integraram a comissão e ministros de estado, a presidente não citou a própria história – ela foi vítima da tortura durante a ditadura militar (1964/1985)-,  mas se deixou levar pela emoção ao citar o sofrimento de familiares das vítimas do arbítrio das  autoridades brasileiras no período investigado.

De acordo com o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, já disponível para consulta no site www.cnv.gov.br, durante o período consutado 434 brasileiros foram torturados e/ou mortos. De acordo com o presidente da comissão, Pedro de Abreu Dallari, esse número pode ser ainda maior, em especial entre camponeses e índigenas. Ao discursar, Dallari enfatizou que entregava o relatório ao país, editado em três volumes e mais de 4 mil páginas, “com a firme convicção que os fatos neles relatados não se repetirão nunca mais”.

Dilma, por sua vez, destacou que o resultado das investigações realizadas pela comissão “nos libertará do que estava oculto” e, ainda, que a “desinformação não ajuda a paziguar, apenas facilita o trânsito da intolerância”. Portanto, discursou a presidente, "a verdade não significa a busca de revanche. A verdade não precisa ser motivo para ódio ou acerto de contas". Ao contrário, disse Dilma, “a verdade produz consciência, aprendizado, conhecimento e respeito".


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