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Estado de Minas

Líderes mundiais querem fortalecer relações bilaterais com o Brasil

Ao felicitar Dilma, países do Norte destacam relações bilaterais e do Sul, a inclusão social


postado em 28/10/2014 06:00 / atualizado em 28/10/2014 07:19

Líderes de várias partes do mundo parabenizaram ontem a presidente Dilma Rousseff pela reeleição. Em suas notas oficiais, Estados Unidos, Itália e Rússia destacaram o interesse em fortalecer as relações bilaterais com o Brasil. Presidentes da América do Sul e Central, por sua vez, celebraram a vitória de Dilma, exaltando os papéis de inclusão social e de integração regional que creditam ao governo da petista. Para a União Europeia, a reeleição “constitui uma oportunidade única para consolidar a inequívoca trajetória de construção democrática no Brasil”.


Em comunicado divulgado pela Casa Branca, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos estão “empenhados em continuar a trabalhar com a presidente Dilma Rousseff para fortalecer a relação bilateral” entre os dois países. Ainda de acordo com a nota, Obama parabeniza Dilma pela vitória e afirma que deve telefonar para ela nos próximos dias. Em outubro do ano passado, Dilma cancelou o encontro com Obama após revelações de espionagens feitas no Brasil pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA). Desde então, o clima entre os dois países ficou abalado.


Ao felicitar Dilma pela reeleição, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou a atenção dada por ela “à parceria estratégica russo-brasileira e reiterou o seu compromisso em continuar com um diálogo construtivo e uma cooperação ativa” com o Brasil, disse o Kremlin em um comunicado. Isolado no cenário internacional em razão do impasse travado com os ocidentais principalmente sobre a crise na Ucrânia, a Rússia, atingida por uma série de sanções ocidentais sem precedentes, espera fortalecer os laços diplomáticos e comerciais com a América do Sul, especialmente com o Brasil.


 Desta forma, Moscou retirou em agosto as restrições impostas às importações de carne e produtos lácteos no Brasil devido a “violações das normas de saúde”, no momento em que a Rússia decretou um embargo sobre a maioria dos alimentos de países que adotaram sanções contra sua economia. Em julho, Putin fez uma viagem de seis dias pela América do Sul, durante a qual se reuniu com Dilma e participou da cúpula anual das potências emergentes dos Brics, que também inclui Índia, China e África do Sul.


Em comunicado oficial, a União Europeia (UE) desejou à presidente reeleita “todo o êxito no cumprimento da missão confiada pelo povo”. A reeleição de Dilma “constitui uma oportunidade única para consolidar a inequívoca trajetória de construção democrática e de inclusão social no Brasil”, afirmam os presidentes do Conselho, Heman van Rompuy, e da Comissão, José Manuel Durão Barroso, no comunicado. A UE e o Brasil “compartilham os mesmos valores democráticos e as mesmas aspirações de liberdade, prosperidade, solidariedade e paz”, completa a nota.


Por meio de uma carta, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, parabenizou Dilma, elogiou as relações entre os dois países e desejou que Roma e Brasília intensifiquem as colaborações no plano internacional. O premiê  ainda expressou seu desejo de ver aumentarem as colaborações entre o Brasil e a União Europeia. Atualmente, a Itália ocupa a Presidência semestral do bloco.

América Latina

Nas redes sociais, mandatários da América do Sul e da América Central felicitaram a candidata petista pela reeleição. “Grande vitória de inclusão social e da integração regional”, escreveu a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em sua conta no Twitter. Já o presidente do Equador, Rafael Correa, destacou: “Maravilhoso triunfo de Dilma no Brasil. Nosso gigante segue com o Partido dos Trabalhadores. Parabéns, Dilma, Lula, Brasil”.


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ressaltou: “Vitória de Dilma no Brasil! Vitória do povo. Vitória de Lula e seu legado. Vitória dos povos da América Latina e do Caribe”. Já o líder de El Salvador, Salvador Sánchez, escreveu: “Dia de festa no Brasil e na América Latina. Nossos povos decidiram seguir construindo seu bem-estar e felicidade”.

O mandatário uruguaio, Tabaré Vásquez, que também disputa eleições em seu país, destacou: “Chegam boas notícias do Brasil, companheiros! Vitória de Dilma”. A embaixadora argentina na Organização dos Estados Americanos (OEA), Nilda Garré, considerou a vitória de Dilma “uma notícia muito boa para a continuidade do esforço popular latino-americano”.

Repercussão pelo mundo

A reeleição da presidente Dilma Rousseff foi destaque nos sites dos principais jornais e revistas do mundo. A tônica foi a pequena vantagem da petista na votação e a necessidade de o governo pacificar os conflitos expostos na campanha. O El País foi o que abriu mais espaço para o fim da disputa no Brasil. A manchete “A presidente com caráter” enaltece a trajetória de militância e pessoal de Dilma, a quem caberá, segundo jornal, “fechar a ferida aberta” pela campanha.

O The New York Times pontua que a decisão popular endossou Dilma como líder esquerdista, após ganhos como a redução da pobreza e o controle do desemprego, apesar dos escândalos de corrupção e economia lenta. E destaca que a vitória apertada mostra um Brasil polarizado e insatisfeito. A britânica BBC acrescenta que a petista terá que enfrentar “mercados internacionais nervosos”. O argentino La Nación destacou um trecho do discurso da vitória, em que Dilma fez um chamado à “paz e à união do Brasil”, mesma linha seguida pelo O El Nacional, da Venezuela. “Vitória de Dilma abre uma nova etapa de mudanças para o Brasil”, é a manchete do jornal oficial cubano Granma.


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