O volume de santinhos e panfletos jogados ao chão formou verdadeiros tapetes de lixo em frente às diversas zonas eleitorais de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A sujeira deixou indignados eleitores que chegavam para votar. A atendente de padaria Jéssica Rodrigues se esforçava para limpar, com ajuda de vassoura e pá, centenas de folhetos jogados na calçada da loja, no bairro São Luiz.
“O certo era ninguém votar em quem faz isso. Depois reclamam que a cidade está imunda. Quem devia dar o exemplo é quem mais suja”, reclamou Jéssica. “Está tudo uma verdadeira imundície, uma vergonha. A culpa é dos próprios políticos”, protestou o camelô Ademir dos Santos, enquanto tentava abrir caminho por entre os papéis acumulados ao longo do meio fio.
No Parque Beira Mar, próximo à seção eleitoral que funciona em um Ciep, a situação era a mesma. Calçadas estavam "atapetadas" por panfletos, principalmente na entrada da escola. “É uma grande porcaria. Vai dar muito trabalho para os garis. Os candidatos são os primeiros a sujar tudo. Depois reclamam da população”, criticou Marta Maria Pereira, que trabalha como atendente em um posto de saúde.
“Isto está mais do que errado. Se chover, entope bueiros e alaga tudo”, alertou o caminhoneiro Félix Lourenço, que aguardava a hora de votar. Para o comerciante Jorge Silva, que tem um bar em frente ao local de votação, parte da culpa também é do eleitor, pois muitos têm o hábito de catar panfletos para votar. “Fico impressionado com a falta de responsabilidade das pessoas em época de eleições. De madrugada, passou um carro jogando os panfletos na rua. Isso só acabará quando o voto não for mais obrigatório”, acrescentou.
(Com Agência Brasil)