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Estado de Minas

Arrecadação para campanha eleitoral de 2014 fica muito aquém do esperado

Recursos de candidatos a deputado não passam de 13% da estimativa


postado em 09/09/2014 00:12 / atualizado em 09/09/2014 07:54

Arrecadar dinheiro nestas eleições não está fácil para ninguém. As previsões de gastos milionários dos candidatos às 53 cadeiras de Minas Gerais na Câmara dos Deputados e às 77 na Assembleia Legislativa deram lugar a cifras bem mais módicas – pelo menos nos dois primeiros meses de campanha. É o que mostra a segunda parcial da prestação de contas entregue pelos candidatos à Justiça Eleitoral no dia 2. Para ter uma ideia, dos R$ 301 milhões previstos pelos atuais deputados federais que disputam estas eleições, foram arrecadados pouco mais de R$ 28 milhões (9%). Entre os postulantes a deputados estaduais, os números não são muito diferentes. Dos R$ 139 milhões previstos, eles arrecadaram apenas R$ 17,9 milhões (13%).



Nos dois primeiros meses de campanha, o deputado federal Luiz Fernando Faria (PP) é quem conseguiu mais recursos para
tentar a reeleição: R$ 2,58 milhões, graças principalmente a doações de construtoras, mineradoras, empresas de diversos ramos e do seu partido. Mas já gastou boa parte: R$ 1,98 milhão saíram dos cofres para custear material gráfico, folha de pessoal, prestadores de serviços terceirizados, correio e publicidade. O candidato também fez uma doação de R$ 50 mil a outros dois candidatos e ao PP – mesmo tendo arrecadado bem abaixo da previsão inicial declarada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que foi de R$ 9 milhões.

O colega de plenário Leonardo Quintão (PMDB) já conseguiu metade do que esperava gastar nesta disputa: R$ 2,44 milhões de um total de R$ 5 milhões. O peemedebista recebeu doações de drogarias e farmácias, construtoras, PMDB e pessoas físicas. E gastou R$ 1,53 milhão com publicidade, combustível, alimentação, pesquisas, atividades de mobilização de rua e pessoal, entre outros.

Sobrou pouco dos R$ 1,69 milhão arrecadados pelo tucano Rodrigo de Castro junto a construtora, empresa de engenharia, companhia de seguros e mineradora. Ele já aplicou R$ 1,42 milhão em material de expediente, locação de veículos e combustível, pagamento de pessoal e publicidade.

Entre os deputados estaduais, Fábio Cherem (PSD) é o que tem mais dinheiro para cobrir os gastos da campanha – R$ 1,12 milhão, a maior parte do próprio bolso. Pode até parecer pouco para quem esperava ter R$ 6 milhões para tentar se eleger, pois já foi quase tudo aplicado em pagamento de funcionários, material publicitário, locação de imóvel e combustível: exatos R$ 1.093.464,36. Ivair Nogueira, do PMDB, arrecadou R$ 642,4 mil entre pessoas físicas e jurídicas e gastou pouco mais da metade, R$ 334,4 mil com publicidade, pessoal e carro de som. Paulo Lamac (PT) esperava arrecadar R$ 3 milhões, mas até agora passou pelo seu caixa R$ 516 mil de várias empresas, que serviram para cobrir o gasto de R$ 115,5 mil com pessoal e publicidade.

VERMELHO Na outra ponta, estão os “menos abastados”. Candidato à reeleição na Câmara dos Deputados, Stefano Aguiar (SD) declarou ter arrecadado apenas R$ 5,5 mil – sendo R$ 1 mil referente a doação do próprio bolso. A julgar pela declaração de gastos, ou ele vai terminar a campanha endividado ou terá que arranjar mecanismos mais eficientes para angariar fundos na reta final. Em julho e agosto, ele gastou R$ 46,2 mil com material impresso e serviços prestados por terceiros.

Em situação pior está o deputado federal George Hilton (PRB), que arrecadou menos e gastou mais. Na prestação de contas entregue ao TRE mineiro, ele declarou uma receita de R$ 3.810 e uma despesa de R$ 93,6 mil com publicidade, taxas bancárias e locação ou cessão de imóvel. A petista Margarida Salomão foi mais contida: gastou pouco mais de R$ 5 mil acima dos R$ 31 mil disponíveis para custear material impresso, energia, locação de imóvel e faixas, placas e estandartes.

Outro que anda no vermelho é o deputado estadual Gilberto Abramo (PRB), que tenta mais um mandato na Assembleia. O parlamentar gastou R$ 49,5 mil, entre outras despesas, com publicidade e produção de jingle, vinhetas e slogans. No entanto, nos dados encaminhados à Justiça Eleitoral, ele contabilizou uma receita de R$ 35,6 mil. Bem abaixo da expectativa de R$ 3 milhões declarada ao registrar sua candidatura.

 


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