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Estado de Minas

Aécio diz que Dilma foi "beneficiária política" de esquema na Petrobras

Para tucano, presidente tem obrigação de dar uma satisfação à população sobre a Petrobras


postado em 09/09/2014 00:12 / atualizado em 09/09/2014 07:31

"Do ponto de vista político, ela foi beneficiária sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno. Administrar é tomar decisão. Administrar é coibir malfeitos ", disse Aécio Neves (foto: Igo Estrela/Coligação Muda Brasil)

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nessa segunda-feira, em Belém, no Pará, que a presidente Dilma Rousseff foi “beneficiária política” do suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras que está sendo investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. “Do ponto de vista político, ela foi beneficiária sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno. Administrar é tomar decisão. Administrar é coibir malfeitos. Administrar é apresentar resultados positivos, tudo o que esse governo não vem fazendo”, afirmou o candidato.

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Aécio cobrou da presidente explicações sobre as denúncias. Segundo ele, Dilma tem “responsabilidade e satisfação” a dar à população brasileira. “Eu não faço acusação pessoal de ela ter se beneficiado desses recursos, mas pelo menos o benefício político foi dado ao seu governo, por isso ela tem responsabilidade e satisfação a dar à população”, afirmou. “Esse governo acabou. Esse governo acabou antes da hora. A presidente da República já demite por antecipação o seu ministro da Fazenda”, criticou o candidato, se referindo ao anúncio feito pela presidente de  que, se reeleita, não vai manter Guido Mantega no comando do Ministério da Fazenda.

À noite, Aécio afirmação da presidente Dilma de que jamais imaginou haver “malfeitos” em negócios da Petrobras. O tucano ironizou a argumentação de Dilma, que durante o governo Lula comandou o conselho diretor da estatal, e disse que, se realmente não sabia de nada, a petista deve sair do governo por “absoluta incapacidade”. “A presidente da República repete aquilo que já se transformou num mantra desse governo: ‘eu não sabia’”, disse Aécio, lembrando frase dita pelo ex-presidente Lula quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005.

Em relação à denúncia de que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto mês passado em um acidente de avião, teria participado do esquema de corrupção da Petrobras, Aécio disse que elas não combinam com ele. “Em relação às acusações sobre o ex-governador Eduardo Campos, conheci Eduardo durante 30 anos. Isso não combina com ele. Eduardo era um homem de bem. Eu faço toda essa ressalva”, afirmou o candidato.

Aécio também partiu para o ataque contra sua outra rival, a candidata do PSB, Marina Silva. Segundo ele, a ex-senadora tem adotado um discurso de vitimização na campanha, quando criticada pelo PT e PSDB, considerado por ele “muito defensivo”. “A nossa cobrança em relação a ela é uma cobrança política. Eu quero saber sim qual é o compromisso da Marina com o agronegócio, se vale o de hoje ou vale o de 1999, quando ela apresentou um projeto proibindo o cultivo de transgênicos no país. Qual é o compromisso dela com a estabilidade econômica do país? É o de agora ou aquele quando ela, no PT, votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, dentro do PT, tentaram inviabilizar o Plano Real?”, questionou o tucano. Segundo ele, o Brasil tem o direito de saber em quem está votando.

“Em relação à candidata Marina, quero saber com quem ela vai governar e de que forma pretende governar o país. Com que convicções? Porque quem muda de opinião a todo instante, em razão das circunstâncias ou de determinadas pressões, a meu ver, mostra uma fragilidade muito grande para enfrentar um país com as complexidades, com as dificuldades que vamos enfrentar a partir do ano que vem”, afirmou o candidato. Além de Belém, Aécio visitou Marabá, em companhia do governador Simão Jatene (PSDB), que disputa a reeleição.

INFRAESTRUTURA Na visita, Aécio prometeu um “choque de infraestrutura” para a Região Norte, com a simplificação do sistema tributário. “Essa região tem um potencial extraordinário de crescimento, mas é uma região que vem sendo governada com desprezo pelo governo federal”, criticou o candidato. O tucano disse ainda que o Planalto governa de costas para a Região Norte e também, em grande parte, para a Região Nordeste. “Vamos ser o governo que vai diminuir as desigualdades com ações pontuais na saúde, na segurança pública, na melhoria na qualidade da educação e infraestrutura.”


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