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Estado de Minas

'Sangrias estão estancadas', afirma Dilma sobre corrupção na Petrobras


postado em 08/09/2014 17:07 / atualizado em 08/09/2014 19:01

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, disse que não tinha a menor ideia, que "esse senhor ou alguém dentro da Petrobras, não vou citar nomes", cometia atos de corrupção. Ela defendeu a condução da presidente da estatal Graça Foster, afirmou que ela é extremamente competente e capaz e que acredita que ela estancaria atos ilegais se tivesse conhecimento. "Se houve (corrupção), e tudo indica que sim, garanto que sangrias estão estancadas", afirmou. Questionada novamente se estava reconhecendo que os indícios apontavam para corrupção, Dilma disse que como presidente da República não poderia reconhecer nada disso.

Dilma comentou que, quando eleita, em 2010, fez mudanças no comando da Petrobras "com cuidado". "Tem que ter um certo cuidado para não agir de forma abrupta. Porque se não você desmonta o que está feito, inclusive, se faz isso até na transição", disse, durante a série de Entrevistas Estadão nesta segunda-feira.

A presidente disse que decidiu alterar o conselho da Petrobras "lentamente" e que ela substituiu aqueles que não considerava os melhores para a sua equipe. "Não tinha avaliação deles no que se refere a maus feitos", disse. "Se tivesse tinha tomado as providências cabíveis", afirmou. Dilma lembrou que quem nomeia os diretores da empresa é o conselho e quem nomeia o conselho é o acionista majoritário. Conforme disse, primeiro alterou a presidente do conselho, o que é, segundo ela, normal. E depois os outros diretores, explicou.

Dilma disse ainda que é estranho falar em destruição da Petrobras. Segundo ela, tirando a questão que tem aparecido neste momento da campanha, a Petrobras hoje é uma empresa primorosa, que saiu de R$ 15,5 bilhões e chegou ao patamar de R$ 111 bilhões. "Como qualquer empresa do mundo tem seu valor baseado nas reservas de petróleo que tem. E hoje a Petrobras tem uma reserva grande", afirmou. A candidata também afirmou que muitos não acreditavam na capacidade do Brasil de explorar o pré-sal porque seria muito difícil. "Ressuscitamos a indústria naval. Ressuscitamos uma indústria que já havíamos sido segundo. Chegamos a julho deste ano a 81 mil empregos. A Petrobras é a maior empresa deste País", afirma Dilma.

Mensalão

Questionada sobre o uso político das denúncias e da associação que o seu adversário Aécio Neves (PSDB) tem tentado fazer de comparar as delações do ex-diretor Paulo Roberto Costa ao esquema do mensalão, Dilma voltou a dizer que nos governos petistas os casos são investigados e "não colocados embaixo do tapete". "Quem não investiga não descobre. Nós desmontamos muitos esquemas de corrupção", afirmou.

Dilma disse ser "estranho" que os adversários falem sobre corrupção já que outros esquemas de corrupção não tiveram o mesmo tratamento. "É o caso do mensalão do DEM. Nós investigamos. Fizemos o dever de casa, não deixamos nada debaixo do tapete. Hoje, doa a quem doar, vamos investigar", disse.

Ela voltou a lembrar o caso de afundamento de uma plataforma de petróleo durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso e que, segundo Dilma, não foi investigado. "Você acha que é tranquilo, uma plataforma que custa R$ 1,5 bilhão afundar? E ninguém investigar porque afundou?. A plataforma, de R$ 1,5 bilhão é duas vezes Pasadena", disse. "Ela afundou no governo FHC e ninguém investigou. Não é próprio das plataformas sair por aí afundando", disse.


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