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Estado de Minas

PSB irá dedicar primeiro dia de horário eleitoral gratuito a Eduardo Campos

PT e PSDB também vão prestar reverência ao pernambucano, mas de forma superficial


postado em 19/08/2014 06:00 / atualizado em 19/08/2014 07:18

Paulo de Tarso Lyra

Brasília – A propaganda política eleitoral que se inicia nesta terça-feira ainda terá, em maior ou menor grau, a presença do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um desastre aéreo em Santos, na semana passada. O PSB dedicará todo o tempo para uma homenagem ao socialista, com cenas da campanha até agora, imagens da família, depoimentos de amigos, aliados e da nova candidata da coligação, Marina Silva. PT e PSDB também dedicarão parte do tempo ao tema, mas de maneira residual. Sabem, especialmente após o crescimento de Marina nas pesquisas de intenção de voto, que é preciso afinar o discurso e acelerar a campanha para evitar surpresas.

O que vai ao ar hoje na propaganda do PSB está sendo guardado como segredo de estado. “Só quem está no topo da campanha sabe alguma informação mais precisa”, admitiu André Lima, candidato a deputado federal pela legenda, em Brasília. Ele aposta, no entanto, que Marina deve aparecer como uma candidata a vice bem presente, que ajudou a consolidar a candidatura e a campanha do PSB. “Marina agregou valor a essa caminhada”, completou ele.

Candidato à reeleição e uma das pessoas mais próximas a Eduardo, o deputado Júlio Delgado (MG) lembra que, ao lado de algumas outras pessoas, gravou um depoimento sobre o líder morto, no longo velório que avançou pela madrugada de domingo. “Precisamos fazer essa homenagem. E quem vai apresentá-la é Marina, a vice escolhida por ele”, acrescentou Delgado.

 A ideia dos estrategistas da campanha é de que, na propaganda de quinta-feira, o foco já seja mudado, trazendo Marina como a candidata oficial da legenda. O plano combina com a reunião da Executiva Nacional do PSB marcada para amanhã e que servirá para oficializar a substituição. Os socialistas também trabalharão hoje, após a missa em homenagem a Campos que será celebrada na Catedral de Brasília, em uma carta de compromissos do PSB que deverá ser aceita por Marina.

PESO POLÍTICO A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) também devem dedicar parte de suas propagandas para prestar homenagens a Eduardo. “Acho que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma são os mais aconselhados a fazer isso, pela convivência direta com Eduardo e pelo peso político de ambos”, disse o líder do PT no Senado e ex-aliado de Campos, Humberto Costa (PE). A mesma coisa deve acontecer na campanha tucana, já que o pernambucano e o mineiro eram bastante próximos e projetavam parcerias políticas futuras.

Mas petistas e tucanos sabem que não podem perder muito tempo com as homenagens porque, como bem mostrou a pesquisa Datafolha divulgada ontem, a tragédia de Santos não fez bem a nenhum dos dois. Coordenador da campanha de Aécio, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirma, contudo, que esse primeiro resultado não os assusta. “A comoção atual só favorece o lado emocional, o racional vai ser decantado ao longo do processo”, disse ele.

A propaganda tucana de hoje vai resgatar a biografia de Aécio como homem público, incluindo as duas gestões à frente do governo de Minas. Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a propaganda dilmista precisa reforçar as realizações do governo atual e dos 12 anos de PT no poder. “Vamos esperar as reações do eleitorado nos próximos dias para avaliar a necessidade de mudanças de rota”, disse Zarattini.


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