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Estado de Minas

Aécio rejeita acordo do governo para importar médicos cubanos

Candidato do PSDB garante manter programa Mais Médicos, mas não vai financiar a ilha com repasse de recursos para aquele país. Profissionais devem receber salário integral


postado em 17/07/2014 00:12 / atualizado em 17/07/2014 07:31

Aécio Neves, senador e candidato do PSDB à Presidência:
Aécio Neves, senador e candidato do PSDB à Presidência: "Nós vamos manter o Mais médicos, vamos fazer com que eles se qualifiquem e estabelecer novas regras para os profissionais. Não vamos aceitar as regras do governo cubano" (foto: Marcos Fernandes/PSDB)

O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, afirmou nessa quarta-feira que não aceitará as regras do governo cubano para pagamento de profissionais do programa Mais médicos. Atualmente, as bolsas pagas aos médicos brasileiros e estrangeiros são de R$ 10 mil. Porém, diferentemente dos outros países, a remuneração dos profissionais cubanos é paga ao governo do país e apenas R$ 3 mil chegam ao bolso dos profissionais. Cerca de 80% dos médicos do programa federal, instituído pelo governo federal no ano passado, é proveniente de Cuba.


“Nós vamos manter os Mais médicos, vamos fazer com que eles se qualifiquem e estabelecer novas regras para os profissionais. Não vamos aceitar as regras do governo cubano”, disse o senador, em sabatina realizada por grupos de comunicação, em São Paulo. Aécio disse ainda que esse acordo terá que ser refeito, mas não explicou como garantirá que o atual número de médicos seja mantido caso Cuba não aceite um novo acordo.


O senador também afirmou que o atual governo "financia" Cuba com parte da remuneração dos profissionais contratados pelo país. Para o tucano, os médicos estrangeiros devem ser qualificados no Brasil e passar pelo exame Revalida. Aécio disse ainda que a saúde não pode ser “circunscrita” ao programa Mais médicos – uma das principais vitrines da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta ser reeleita e é adversária do senador mineiro.


Durante a sabatina, Aécio tentou inverter o discurso sobre “medidas impopulares” que tomaria caso eleito e disse que o governo de Dilma Rousseff é que tem tomado esse tipo de decisão. “O mal, as medidas impopulares estão sendo feitas por esse governo. O Brasil vive um processo de estagflação, de crescimento pífio, com inflação ultrapassando o teto da meta sem que se acene de forma absolutamente clara sobre medidas que tomaria no futuro para reverter esse quadro perverso”, entende o candidato.


Em abril, o tucano havia afirmado, em jantar para empresários, que, se o preço a pagar para fazer reformas necessárias era a impopularidade, ele estaria preparado para tomar esse tipo de decisão. Questionado pelos jornalistas, Aécio não negou que tenha dito a frase, mas afirmou que a fala “está virando lenda” e que “o que tem dito em todos os encontros” é que vai tomar “as medidas necessárias para retomar o Brasil no rumo do crescimento”.


O tucano explicou que sua fala para os partidos dissidentes da base de apoio do governo federal para que “suguem um pouco mais” da gestão petista e, “então, nos apoiem”, foi “uma brincadeira”. “Nós temos que ter cuidado com essas ironias. Foi no dia em que eu recebi a notícia que o governo estava demitindo um ministro para entregar ao PR”, afirmou.

PETROBRAS Aécio pretende rediscutir o atual sistema de partilha da Petrobras caso seja eleito. Atualmente, o petróleo produzido pela estatal é de propriedade do Estado, regra estabelecida em 2009. Para Aécio, o modelo anterior, de concessões, “foi benéfico ao Brasil” e  é preciso “fazer essa discussão à luz do dia”. Pelo sistema de concessão, empresas são donas do óleo produzido e pagam remuneração ao Estado como royalties, participação especial e bônus de assinatura.
Aécio foi questionado se via espaço para mais privatizações no país e disse: “O que precisava ser privatizado foi privatizado. O que eu vou fazer é reestatizar empresas públicas que hoje foram privatizadas por interesses escusos”.

Troca de comando

O ex-governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) deixa nesta quinta-feira a coordenação-geral do programa de governo do candidato do partido à Presidência da República, senador Aécio Neves. Assume o posto o ex-deputado federal por São Paulo Arnaldo Madeira, ligado ao ex-governador do estado, José Serra. Aliados políticos do candidato em Minas Gerais acreditam que a economista Carla Grasso, coordenadora-executiva do programa de governo tucano deverá seguir no cargo, agora auxiliando Madeira. “É preciso alguém com um viés político e outra pessoa com perfil mais técnico”, defende um aliado de Aécio em Minas. Grasso, ex-secretária de Educação de Serra em São Paulo, foi a responsável pelo programa de corte de funcionários da Vale depois da privatização da companhia. Fora da coordenação-geral da campanha de Aécio, Anastasia pretende se dedicar à candidatura ao Senado.


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