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Estado de Minas

Dilma usa sucesso da "Copa das Copas" para atrair eleitores

Presidente convoca ministros para celebrar sucesso do Mundial e encorpar os argumentos que serão usados na disputa eleitoral. Oposição acusa governo de ignorar promessas não cumpridas


postado em 15/07/2014 06:00 / atualizado em 15/07/2014 07:25

Dilma convoca parte da equipe da Esplanada e festeja a Copa: duas horas e meia de pronunciamento transmitidos em rede de emissoras públicas e tv(foto: Roberto Stuckert Filho)
Dilma convoca parte da equipe da Esplanada e festeja a Copa: duas horas e meia de pronunciamento transmitidos em rede de emissoras públicas e tv (foto: Roberto Stuckert Filho)

Brasília – Um dia após o término da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff (PT) escalou um time de 16 ministros para capitalizar eleitoralmente o sucesso da “Copa das Copas”. No Centro Integrado de Comando e Controle em Brasília, por duas horas e meia, em rede de emissoras públicas, pelo menos 13 deles se revezaram no púlpito para apresentar, com embrulho de campanha eleitoral, o balanço do megaevento esportivo. Durante a explanação, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, e o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, soltaram o mote “imagina nas Olimpíadas”, hashtag que já inunda as redes sociais. A oposição reagiu. O PSDB, por meio do Instituto Teotônio Vilela (ITV), divulgou nota com um balanço paralelo para mostrar que muito do que foi prometido pelo governo acabou não sendo cumprido.

Mercadante aproveitou para fustigar, sem mencionar nomes, os dois principais
adversários da presidente Dilma na corrida pelo Planalto – Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). “Agora, a presidente mandou uma carta para todos os jogadores, diferentemente de outros candidatos, e ela teve um comportamento sempre de solidariedade à Seleção, dando todo empenho que nós podíamos dar para que ela fizesse o melhor”, declarou.

Dilma abriu o evento afirmando que foi um grande desafio organizar e garantir uma Copa à altura do povo brasileiro. “Nós vivemos, nesses dias, uma festa fantástica. Mais uma vez, o povo brasileiro revelou sua capacidade de bem receber”, disse. Ela citou ainda prognósticos que indicavam o atraso nos estádios e em outras obras de infraestrutura.

Segundo a presidente, as previsões de que os empreendimentos não ficariam prontos a tempo estavam erradas. “Diziam que o Maracanã, que foi palco ontem (domingo) de um momento belíssimo, só ficaria pronto em 2038. Enfim, não ficaria pronto nunca. Nós não teríamos aeroportos nem a capacidade de receber milhares e milhares de turistas vindos de outras partes do mundo. Derrotamos, sem dúvida, a previsão pessimista e realizamos, com a imensa e maravilhosa ajuda do povo brasileiro, essa Copa das Copas”, emendou.

Quanto ao impacto econômico do evento, Mercadante informou que ainda não foi feita uma análise ampla, mas citou os R$ 30 bilhões calculados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP). O ministro da Defesa, Celso Amorim, ressaltou a integração das forças de segurança. “A palavra para o legado que fica é integração.”

‘Vaias e apupos’


A nota do ITV ressalta o constragimento de Dilma ao entregar à taça à seleção alemã no Maracanã. “Dilma Rousseff praticamente se livrou da taça na cerimônia de premiação da campeã Alemanha, na tentativa de evitar vaias e apupos. Mesmo levando três segundos para passá-la às mãos do capitão Philipp Lahm, não conseguiu. Com a mesma velocidade, o governo petista quer agora dar um jeito de virar a página da Copa do Mundo, decretando seu sucesso absoluto”, ressalta a nota. “A ‘Copa das Copas’ não aconteceu.” O PSDB aproveitou para divulgar um “contrabalanço”. “Dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do Mundial. Outros 41% estavam incompletos e seriam concluídos durante ou, na maior parte dos casos, depois da Copa”, diz o texto. O PSB do candidato Eduardo Campos não se manifestou sobre o assunto.

Propostas  genéricas

O tema “futebol” é tratado de maneira superficial e pouco detalhada nas diretrizes dos programas de governo dos três principais candidatos da disputa presidencial. As diretrizes apontadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) se limitam a informar que é “urgente modernizar a organização e asrelações do futebol, nosso esporte mais popular”. Não hámenção sobre como isso poderá ser feito.

O documento indica que é preciso “desenvolver um sistema nacional de esportes que integre as
políticas públicas entre os entes federados”. Aécio Neves (PSDB) defende “o reconhecimento da
importância dos clubes na matriz esportiva nacional”. Ele aponta ser necessário “aprimoramento e
maior acesso aos mecanismos de incentivo a atletas, técnicos e projetos esportivos”. Eduardo
Campos (PSB) defende os esportes em geral inseridos na educação integral.


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