Após almoço para assinar a estratégia de atuação e concluir a coleta de assinaturas para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, a oposição diz que está disposta a assinar também o requerimento para a criação da CPMI proposta pelo PT para investigar a formação de cartéis. A oposição afirma que a CPMI petista precisa ser abrangente e não se limitar às denúncias envolvendo o governo de São Paulo. "Não tem nenhum problema. O que não queremos é que seja uma coisa direcionada. Queremos investigação total. Se tem problemas de cartéis, onde é que se localizam? Vamos investigar", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA).
Na Câmara, a oposição diz contar com aproximadamente 200 assinaturas para a criação da CPMI da Petrobras, incluindo os partidos de oposição e os que integram o 'blocão'. "Temos indícios fortes que não houve apenas gestão temerária na Petrobras. Existem indícios fortes de um gestão eivada de corrupção. Isso precisa ser investigado", pregou Sávio. A oposição da Câmara já foi informada que o início dos trabalhos da CPMI só poderá ocorrer a partir da segunda quinzena deste mês após a leitura do requerimento na sessão conjunta do Congresso, marcada para 15 de abril. "Ninguém sabe onde ela (a CPMI) vai terminar", disse Imbassahy.
Os tucanos rebateram o discurso do governo, mas precisamente o do novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, de que a CPMI da Petrobras tem caráter "eleitoreiro". Para Domingos Sávio, a comissão será uma oportunidade para a população fazer o julgamento político sobre a gestão do PT na Petrobras. "O Brasil terá a oportunidade de conhecer a verdade", disse o líder da minoria.