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Estado de Minas

Anastasia confirma saída do governo, mas não diz se vai concorrer ao Senado

Governador Antonio Anastasia anuncia que deixará cargo em abril para ajudar na campanha de Aécio ao Planalto


postado em 19/03/2014 06:00 / atualizado em 19/03/2014 07:49

Anastasia deixa o governo em abril para disputar as eleiçõe e o vice-governador Alberto Pinto Coelho assume o comando do estado até o fim do ano(foto: Euler Jr/EM/D.A PRESS)
Anastasia deixa o governo em abril para disputar as eleiçõe e o vice-governador Alberto Pinto Coelho assume o comando do estado até o fim do ano (foto: Euler Jr/EM/D.A PRESS)

O governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciou nessa terça-feira sua saída do cargo no dia 4 de abril, prazo estipulado por lei para se afastar do posto caso concorra à eleição, mas não confirmou que disputará o Senado. Em entrevista na Cidade Administrativa, ele confirmou apenas que atuará na campanha do pré-candidato à Presidência da República senador Aécio Neves no grupo de formulação do plano de governo. “Também para atender a legislação eleitoral e ficar disponível para eventual candidatura às eleições deste ano”, disse o governador, deixando em aberto a possibilidade de concorrer no pleito de outubro. Nos bastidores, porém, é dada como certa a candidatura do governador. Quem assume seu lugar é o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que deve renovar o secretariado para os próximos nove meses de gestão.

Apesar de a corrida eleitoral estar cada vez mais próxima, Anastasia afirmou que o único nome certo na chapa tucana é o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga, que disputará sua sucessão. “Ninguém é candidato de si mesmo. O candidato, especialmente em chapa majoritária, decorre da composição de forças políticas. Não está, ainda, fechado. Como o prazo eleitoral se afunila, deixo a disponibilidade. Mas o meu primeiro esforço é vinculado à campanha do senador Aécio Neves”, explicou. Anastasia não descartou que conversas com o PMDB possam minar sua candidatura ao Senado e se limitou a dizer que as negociações estão em andamento com “muita tranquilidade”. “Nunca fui parlamentar. Seria uma grande honra. Acredito que minha formação acadêmica colabore”, concluiu sobre o assunto.

Em meio às divergências do PMDB com a presidente Dilma Rousseff, Anastasia confirmou uma aproximação do PSDB com a legenda. “Todos os partidos têm que conversar. Nós observamos que o PMDB tem diversos segmentos. Naturalmente, porque é um partido grande, um dos maiores do Brasil. Não temos preconceito com conversas políticas, desde que sejam feitas nos princípios que vêm inspirando nosso governo. Os presidentes dos partidos estão seguindo nessa mesma linha”, afirmou.


O governador também avaliou como positiva a relação tucana com o PSB, que pretende lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao Palácio do Planalto. Segundo ele, o partido é um “aliado de primeira hora”. “O PSB tem a Secretaria de Estado de Educação. Nossa relação com o prefeito é a melhor possível. Demos apoio forte a ele na reeleição. Agora tem um candidato à Presidência, com muito preparo, meu amigo pessoal Eduardo Campos. Gostaríamos muito de ter em nossa base, mas sempre respeitando a peculiaridade do partido. Tenho muita esperança que o PSB marchará conosco, claro, atendidas certas condições discutidas no partido”, alertou.


Sobre a eleição estadual, Anastasia também preferiu não apontar o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), como candidato certo a vice-governador. “É um nome aplaudido por Minas inteira, por prefeitos, lideranças municipais. É um nome que soma muito, mas as definições não serão feitas por mim”. Já Alberto Pinto Coelho, que preside o PP mineiro, o definiu como um político “merecedor de compor a chapa”. Coelho também disse que a legenda deve se manter neutra nas eleições federais devido às diferentes realidades regionais.

Novos


Com a saída de Anastasia do governo nove meses antes do fim do mandato, todos os 18 secretários de estado serão exonerados em 3 de Abril. O governador comunicou a decisão também ontem, quando alegou que muitos deles são parlamentares e devem se afastar dos postos para participar do pleito de outubro. “Para permitir que o novo governo faça a recomposição da maneira que lhe aprouver. Faz parte da rotina administrativa do dia a dia”, explicou.

O vice, Alberto Pinto Coelho, afirmou que, a partir de abril, terá início um período de complementação ao governo desenvolvido nos últimos três anos e três meses. “Estamos fazendo a troca na regência, mas com o mesmo rumo, os mesmos ideais, com a mesma visão política”, disse. Segundo Coelho, as substituições dos secretários serão discutidas, inclusive com Anastasia. “A premissa fundamental é que tenhamos pessoas comprometidas do ponto de vista da gestão, da técnica e da visão política.”

Adiamento

O lançamento da candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB) foi adiado para a segunda quinzena de abril. A estratégia do partido é divulgar o nome do tucano apenas após a propaganda partidária em rede nacional de rádio e televisão. A primeira investida do PSDB junto aos eleitores será feita por meio dos comerciais com duração máxima de cinco minutos que serão divulgados em todo o país entre os dias 8 e 15 de abril. No dia 17, será a vez da veiculação do programa de 10 minutos em horário nobre, entre às 20h30 e 20h40. Parte do programa se dedicará à apresentação de Aécio e dos projetos realizados pelo senador quando comandou Minas Gerais. Os tucanos também deverão bater na tecla de que é preciso haver mudanças e que o atual modelo de gestão do país do PT está em fase de "esgotamento".

 


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