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Estado de Minas

Roberto Jefferson será preso na segunda

Como o Supremo Tribunal Federal não enviou a ordem de detenção à Polícia Federal, o delator do mensalão passará o fim de semana em casa. Ele havia dito que se entregaria, mas recuou


postado em 23/02/2014 07:00 / atualizado em 23/02/2014 08:15

(foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO CONTEUDO)
(foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO CONTEUDO)

Brasília –Um dia depois de ter a prisão decretada, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) soube que poderá passar o fim de semana em casa antes de ir para a cadeia. A Polícia Federal (PF) informou na manhã de sábado, por meio de uma rede social, que o mandado de prisão sairá apenas segunda-feira. Somente depois que o documento for expedido é que a corporação poderá prender o delator do mensalão, que está em casa, na cidade de Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.

“(A) PF foi informada de que o mandado de prisão sairá apenas na segunda-feira”, destacou a corporação no Twitter. “A PF permanecerá na porta da casa de Roberto Jefferson”, acrescentou. De acordo com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), não houve tempo para que o mandado ficasse pronto na sexta-feira, dia em que o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, decretou a prisão de Jefferson. O tribunal confirmou que a documentação será enviada na segunda para a PF, que, desde a madrugada de ontem, mantém agentes em frente à residência do ex-parlamentar para que a prisão seja efetivada tão logo o mandado seja concluído.


Inicialmente, Roberto Jefferson havia dito que se entregaria sábado de manhã na Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá. No entanto, diante da informação de que o mandado de prisão ainda não está pronto, ele recuou. “O carro da PF está estacionado em frente à minha casa desde ontem, mas não há ordem de prisão. Eu não posso me apresentar sem ordem de prisão. A hora que ela chegar, podem imprimir a ordem aqui em casa, eu vou com eles para o Rio. Achei que a ordem chegaria às 6h. Estou pronto aguardando desde as 5h30”, disse o delator do mensalão, da sacada de casa, a jornalistas.

Condenado a 7 anos e 14 dias de cadeia, em regime semiaberto, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Jefferson teve o pedido de prisão domiciliar rejeitado por Joaquim Barbosa. Ele havia feito a solicitação, com base no argumento de que necessita de cuidados especiais com a saúde e a alimentação. Em julho de 2012, às vésperas de o STF iniciar o julgamento da Ação Penal 470, o ex-presidente do PTB passou por cirurgia de retirada de um tumor no pâncreas.

Curado do câncer, Jefferson alega necessitar de uma dieta específica e do uso diário de cerca de 20 medicamentos. Na manhã de sábado, ele recebeu a visita do médico que o acompanha no tratamento pós-operatório. O ex-deputado alertou que pegaria com o profissional um receituário para que possa levar os remédios para a prisão. Ele passou a noite de sexta para sábado na companhia da mulher, Ana Lúcia, e de três filhos. Diferentemente da maior parte dos condenados no julgamento do mensalão, Jefferson não precisará cumprir a pena inicialmente em Brasília. Na decisão proferida na sexta-feira, o presidente do Supremo definiu que ele será preso no Rio de Janeiro. Caberá à Vara de Execuções Penais da capital fluminense decidir o estabelecimento onde o delator do mensalão ficará detido.


R$ 1 milhão para Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu arrecadou, em um período de nove dias, R$ 1,083 milhão para pagar a multa fixada pelo Supremo em R$ 971 mil, referente à condenação no julgamento do mensalão. O valor foi levantado por meio de doações feitas ao site que amigos, parentes e petistas criaram para ajudar Dirceu a quitar a dívida. Ele está preso desde 16 de novembro no Complexo da Papuda, onde aguarda a Vara de Execuções Penais (VEP) do DF decidir pedido de autorização para trabalhar em um escritório de advocacia. A expectativa é de que a multa seja paga na segunda, uma vez que a VEP já intimou a defesa de Dirceu a comprovar o pagamento da pena de multa, sob o risco de ele ser inscrito na Dívida Ativa da União.


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