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Filho de ex-prefeito de Juiz de Fora com um pé na política

Betto Júnior, herdeiro de Carlos Alberto Bejani, trabalha em gabinete na Assembleia. Pai estaria preparando o rapaz para se candidatar à prefeitura da cidade no pleito de 2016


postado em 26/01/2014 06:00 / atualizado em 26/01/2014 08:40

Clipe do cantor Betto Júnior, contratado por gabinete em 20 de dezembro(foto: Reprodução Internet/Youtube - 22/12/10)
Clipe do cantor Betto Júnior, contratado por gabinete em 20 de dezembro (foto: Reprodução Internet/Youtube - 22/12/10)
O cantor sertanejo Betto Junior resolveu trocar os palcos de cidades da Zona da Mata por um gabinete na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pelo menos durante as oito horas diárias para as quais foi contratado em 20 de dezembro. Filho do ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani, o jovem de 18 anos, Carlos Alberto Bejani Junior, conhecido na cidade como Bejaninho, está lotado na liderança do governo, no cargo de agente de serviços de gabinete com salário de R$ 1.505,05. Seria o primeiro passo na preparação do herdeiro político para concorrer à Prefeitura de Juiz de Fora em 2016.

Betto Junior trabalha no gabinete de um dos vice-líderes do governo, o deputado Leonardo Moreira (PSDB), parlamentar com base eleitoral na Zona da Mata e herdeiro do castelo do seu pai, o ex-deputado federal Edmar Moreira. Com a Casa em recesso parlamentar, nem Betto nem o parlamentar foram encontrados na Assembleia para comentar a nomeação. Na sexta-feira, a informação no gabinete era de que Bejaninho já havia trabalhado naquele dia. Corre nos bastidores que Bejani pai, inelegível por oito anos, estaria preparando o filho para levar a família de volta à prefeitura e, para isso, já estaria introduzindo o rapaz no meio político.

O ex-prefeito Bejani esteve na Assembleia no fim de dezembro, oito dias depois da contratação de Betto Júnior. Apesar disso, disse que nem sabia do novo emprego do filho. Ele confirmou uma possível candidatura do herdeiro, mas negou ter qualquer influência nisso. “Ele tem essa vontade, mas política é igual nuvem. Pode ser que daqui a três anos ele esteja pronto para concorrer ou não”, afirmou. Bejani disse que atualmente cuida apenas do sustento da família, trabalhando com casas populares em sua construtora. Depois da derrocada política, ele também tem frequentado uma igreja evangélica pentecostal de Juiz de Fora.

O político chegou a ser preso em abril de 2008 na Operação Pasárgada, que investigava um esquema de desvio no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Durante investida da polícia federal que o levou a cumprir uma temporada na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, foi encontrado R$ 1,12 milhão em sua casa, além de uma arma. Bejani foi condenado em primeira instância por enriquecimento ilícito e irregularidades administrativas em seu primeiro mandato como prefeito, entre 1989 e 1992. Foi o que o levou, segundo diz, a largar a política.

CÉU E INFERNO Desgostoso, ele sugere ao filho investir em outra profissão. “Não dá para ficar dependente da política não, porque um dia é o céu e no outro é o inferno. Ele é casado e tem um filho, está estudando e tem vontade de fazer um curso de gestão pública”, afirmou.

Antes de o filho trabalhar em gabinete parlamentar, Bejani apostou todas as fichas na carreira de sertanejo universitário de Betto Júnior, que gravou clipe e CD. Bejani dizia que o filho tinha potencial para ser o próximo Luan Santana, fenômeno musical. O ex-prefeito tem também uma filha, Tatiana dos Santos Bejani, de 28, presa por estelionato na semana passada, suspeita de alugar casas de praia inexistentes pela internet.


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