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Estado de Minas

MPF denuncia cinco por tráfico em helicóptero de Perrella

Entre os denunciados está o piloto e o co-piloto. O ministério Público Federal ainda determinou o desmembramento do inquérito sobre o deputado Gustavo Perrella


postado em 24/01/2014 17:15 / atualizado em 25/01/2014 10:31

A aeronave foi interceptada durante uma operação da Polícia Federal(foto: Carlos Bernardo Coutinho / A Gazeta )
A aeronave foi interceptada durante uma operação da Polícia Federal (foto: Carlos Bernardo Coutinho / A Gazeta )

Cinco pessoas envolvidas com o transporte dos 445 kilos de cocaína, apreendidas no helicóptero da Limeira Agropecuária Ltda, que pertence ao deputado Gustavo Perrella (SSD), foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Espírito Santo. A droga foi apreendida em novembro do ano passado no município de Afonso Claúdio, no interior capixaba, após a aeronave ser flagrada pela polícia. Foram responsabilizados pelo MPF o piloto da aeronave Rogério Almeida Antunes, o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior; os responsáveis por descarregar o helicóptero, Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza; e o dono de uma propriedade que servia de base para a organização, Elio Rodrigues. Todos responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

O Ministério Público Federal ainda determinou que fosse feito o desmembramento do inquérito e seu envio para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) devido ao foro privilegiado de Gustavo, que é deputado estadual em Minas pelo Solidariedade.

Ainda conforme o MPF, “não resta dúvidas” de que os cinco atuaram “com plena ciência de que o que faziam era ilegal”. Eles atuavam “de forma rotineira” na operação de trazer drogas do Paraguai para o Brasil, conforme consta na peça do Ministério Público. De acordo com a denúncia, o piloto ganharia R$ 50 mil para sair de Belo Horizonte às 7h e retornar às 18h. Se condenados, os cinco podem pegar de cinco a 15 anos de prisão por tráfico de drogas, 3 a 10 anos por associação ao crime de drogas e ainda ter um aumento de pena em até dois terços por tráfico internacional, já que a droga foi trazida do Paraguai.

Ainda sobre Gustavo Perrella, o MP entende que a remessa do caso para a segunda instância da Justiça Federal "não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos fatos". O argumento é que não caberia ao um membro do MPF analisar a questão, já que atua perante órgãos de primeira instância.

Parte da denúncia corre sob sigilo e o MPF não informou se Gustavo poderá responder, por exemplo, por autorizar o piloto Rogério Almeida Antunes, funcionário da Limeira, a fazer "frete de passageiro", apesar de a aeronave apreendida não ter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para este tipo de atividade. Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) afirmou que não encontrou indícios da participação de nenhum integrante da família Perrella no caso. Segundo o delegado responsável pela investigação, Leonardo Damasceno, a averiguação das ligações telefônicas dos 11 celulares apreendidos com a droga conduziu a essa certeza.

Com Agência Estado


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