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Estado de Minas

Candidatura de Aécio Neves à Presidência da República é confirmada

PSDB reúne oito governadores, o ex-presidente FHC e outros caciques do partido em Poços de Caldas para confirmar Aécio como o nome da legenda na corrida ao Palácio do Planalto


postado em 19/11/2013 06:00 / atualizado em 19/11/2013 07:03

Líderes tucanos defenderam a unidade do partido em torno da candidatura de Aécio (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Líderes tucanos defenderam a unidade do partido em torno da candidatura de Aécio (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)

Poços de Caldas – O PSDB escolheu Poços de Caldas, no Sul de Minas, e um evento que relembrou a trajetória de Tancredo Neves pelas Diretas Já para anunciar que o tucano que concorrerá ao Palácio do Planalto é o senador Aécio Neves. Coube ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dar a “arrancada”, como ele mesmo chamou, para a campanha, junto de oito governadores tucanos, que unificaram o discurso contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a favor da candidatura  à Presidência pelo neto de Tancredo.

Se em campanhas anteriores o PSDB escondia Fernando Henrique, ontem o partido lhe rendeu homenagens, lembrando que foi também em Poços de Caldas que ele lançou o Plano Real, em 1994, e colocando-o como o responsável por importantes avanços do país, como a estabilidade econômica. Segundo FHC, chegou a hora de Aécio assumir a responsabilidade de disputar a Presidência. “A história, na sua impetuosidade, seleciona. Não sei se é justo ou se é injusto, é o momento. O momento é seu. Assuma o momento. Fale por nós”, disse o ex-presidente a Aécio.

Pouco antes, ao falar sobre a ausência do ex-governador de São Paulo José Serra no evento, Fernando Henrique disse que o partido está unido e tem posição. “Unidade nunca pode ser total e eu acredito que progressivamente será total. Não há nada que impeça que todos, inclusive quem foi aí citado, que é uma pessoa que respeito muito, venham a estar presentes”, afirmou.

Com fotos de Tancredo Neves e Franco Montoro ao fundo, e vídeos exibindo falas dos dois e de outros personagens das Diretas Já, como Teotônio Vilela, o ato foi construído para mostrar força e unidade pela candidatura de Aécio e teve como pano de fundo o discurso pelo pacto federativo. Até a cantora Fafá de Belém e sua simbólica interpretação do hino brasileiro, como na época das Diretas Já, ajudou a compor o cenário em comemoração aos 30 anos da Carta de Poços de Caldas. O evento foi também uma resposta às resistências de Serra, que vem fazendo sombra à candidatura de Aécio e tentando se firmar como uma possibilidade para concorrer.

O ex-presidente disse que, com as manifestações das ruas em junho contra o sistema político brasileiro, sente ventos de mudança. “Começa uma nova arrancada de esperança e ela tem nome e apelido: Aécio Neves”, afirmou, para delírio da plateia, formada por prefeitos, vereadores e outras lideranças tucanas, embaladas por tambores da juventude do partido. 

Abraço

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin, a quem coube levar um “abraço” do ausente José Serra e falar do seu “integral apoio” ao novo pacto federativo, disse que o PSDB traz a verdadeira política, não feita para “a companheirada”, e que o país não quer um pibinho, mas desenvolvimento. Esse processo, segundo ele, parte de Minas Gerais. “A esperança nos traz hoje a Minas para dizer a você (Aécio): percorra o Brasil, ouça o povo e leve a esperança de que a população brasileira precisa e está ansiosa. Com a sua juventude, experiência e competência, vá servir ao povo brasileiro”, afirmou.

O governador mineiro, Antonio Anastasia, reforçou o coro, dizendo que a cidade, construída sobre um vulcão inativo, costuma ser pé-quente, e usou os dizeres de uma estátua em frente ao hotel do evento, que disse ser profética, para reforçar o recado: “Do estado de Minas ao Brasil”, afirmou. Além de Anastasia e Alckmin, participaram do evento Federação Já os governadores do Tocantins, Siqueira Campos; Alagoas, Teotônio Vilela; Roraima, José de Anchieta Jr; Paraná, Beto Richa; Pará, Simão Jatene; e Goiás, Marconi Perillo.

Depois de clamar por um novo pacto federativo, que redistribua os recursos entre União, estados e municípios, Aécio disse tratar-se de um dia histórico e relembrou um ensinamento do avô Tancredo. Segundo ele, é preciso olhar para quem está do lado de quem discursa para ver quem lhe presta sua credibilidade. Ao lado dos oito governadores tucanos e de FHC, Aécio afirmou que o PSDB estará pronto no ano que vem para apresentar uma proposta ousada e retomar a Presidência. “Não há governo de cooptação que vá nos vencer, porque temos a nossa consciência, responsabilidade e o talento para refundar a Federação. É por isso que vamos vencer as eleições para retomar a dignidade a seriedade e a eficiência na vida pública brasileira”, afirmou.


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