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Estado de Minas

Principal nome do mensalão, Marcos Valério se entregou em BH

O empresário Marcos Valério é conhecido como o operador do esquema de compra de votos no Congresso Nacional e foi condenado a 40 anos, quatro meses e seis dias de prisão a ser cumprida no regime fechado em presídio de segurança máxima


postado em 16/11/2013 00:12 / atualizado em 16/11/2013 07:25

Principal nome no mensalão entre os que não integram o núcleo político do esquema, e o condenado mais esperado em Minas Gerais, o empresário Marcos Valério se entregou pouco antes das 21 h na sede da Polícia Federal, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. Aguardado pelos agentes, ele chegou em um carro Audi preto com expressão séria, evitou olhar para os lados, em que fotógrafos e cinegrafistas faziam imagens e não abriu os vidros para falar com a imprensa. Ele é um dos sete presos mineiros que ficarão em celas da PF até serem encaminhados para Brasília. Todos se entregaram nesse sábado.

O empresário Marcos Valério é conhecido como o operador do esquema de compra de votos no Congresso Nacional e foi condenado a 40 anos, quatro meses e seis dias de prisão a ser cumprida no regime fechado em presídio de segurança máxima. Condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e peculato, ele foi levado por seu advogado Marcelo Leonardo, que mais cedo havia chegado à PF trazendo o ex-deputado federal Romeu Queiroz, que presidiu o PTB mineiro, mas saiu de novo para buscar o outro cliente. Por ter conseguido comprovar residência próxima a Sete Lagoas, Valério deve cumprir pena no Presídio Promotor José da Costa, na cidade.


O empresário esteve nesse sábado às 18h47 em sua fazenda, próxima a Sete Lagoas, a 100 quilômetros da capital, antes de se apresentar à sede mineira da Polícia Federal. Durante toda a tarde de ontem, o movimento foi tranquilo nas ruas de acesso à principal propriedade do empresário, onde se concentrava a imprensa. Ao chegar ao local, Valério, que parecia ter a intenção de pegar algum pertence em casa, desistiu de entrar e tomou outro caminho.


Movimentação Desde o início da tarde, a movimentação de carros em frente à PF mineira também era grande. A todo momento chegavam e saíam carros de agentes, alguns deles convocados para reforçar o quadro. Uns poucos moradores de prédios que ficam na rua da entrada da superintendência acompanhavam curiosos da janela. Os primeiros que chegaram à sede da PF foram o publicitário Cristiano Paz e a ex-diretora da empresa de Valério Simone Vasconcelos. Ela chegou em uma BMW preta e trazia uma mala. Pouco depois chegaram Romeu Queiroz e Kátia Rabelo, bastante abatida no banco de trás, todos sem dar declarações.


Um pouco antes de Valério se apresentar, o motoboy Valerí Dornas, 50 anos, chegou com um megafone parabenizando a Justiça e a polícia pela prisão dos condenados do mensalão. Aos berros, dizia esperar que todo o Brasil fosse às ruas agradecer. “Vim porque meu coração já não aguentava tanta falcatrua. Eu achava que ia morrer sem ver político indo para a cadeia”, esbravejou.


Os últimos a se entregar na noite de ontem foram o publicitário Ramon Hollerbach e José Roberto Salgado. Durante o início da noite, alguns parentes entraram com colchonetes e roupas para os presos, que dormirão nas celas, antes de serem transportados para Brasília em uma aeronave da instituição ainda neste fim de semana.


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