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Estado de Minas

PSB e Rede em MG já batem cabeça

Aliados mais próximos de Marina querem candidato próprio ao governo, enquanto socialistas falam em aliança com PSDB


postado em 16/11/2013 00:12 / atualizado em 16/11/2013 08:22

Lideranças do PSB e da Rede em Minas vão se reunir pela primeira vez em dezembro para tratar das eleições de 2014, mas as divergências já começam a aparecer. Enquanto os socialistas abririam mão de uma candidatura própria para participar de uma chapa majoritária com o PSDB ou PT, os integrantes da Rede no estado defendem que o partido acompanhe o cenário nacional e apresente uma terceira via aos eleitores mineiros.

O ex-deputado federal José Fernando Aparecido (PSB), braço da ex-ministra Marina Silva no estado, argumenta que o PSB e a Rede representam juntos uma nova forma de fazer política. “Dentro dessa linha, a tendência é termos candidatos nos estados. Minas, Rio e São Paulo são prioritários”, diz. Lançar nomes para os governos nos três maiores colégios eleitores é também a defesa que vem fazendo Marina Silva.

Já o presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado, afirma que as conversas com o PSDB para uma aliança foram iniciadas. A legenda reivindica um cargo na chapa majoritária. “Vamos participar como protagonistas nas eleições”, acrescentou. Segundo ele, a aliança com o PSDB seria a mais natural pelo fato de o PSB fazer parte da base do governador Antonio Anastasia (PSDB). “Por questão de coerência, esse seria o caminho natural”, ressaltou Delgado, que chegou a ser secretário de estado no governo de Eduardo Azeredo (PSDB).

Atualmente, o PSB também integra o primeiro escalão no governo de Minas. O deputado estadual licenciado Wander Borges dirige a Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária (Seara); Ana Lúcia Gazzola é secretária de Educação; e o filho do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), Tiago Lacerda, é o secretário de Estado extraordinário para a Copa do Mundo. Nos bastidores, a informação é de que Tiago teria sido convidado para assumir a pasta de Esporte, Turismo e Copa do Mundo, que será criada na reforma administrativa do governo. Essa seria uma estratégia dos tucanos para atrair o PSB para a aliança.

O presidente do PSDB em Minas, deputado federal Marcus Pestana, conta que ele e o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB), cotado para ser candidato ao governo, se reuniram com Júlio Delgado e um novo encontro está marcado para a próxima semana. Segundo ele, há espaço para o PSB na majoritária. “A primeira suplência do Senado será mais valorizada caso o governador Antonio Anastasia seja o candidato. Porque existe uma grande possibilidade de ele ser chamado para dirigir um ministério se o senador Aécio Neves (pré-candidato ao Palácio do Planalto) ganhar as eleições”, ressaltou.

Com a pressão dos socialistas, o PSDB fica em uma sinuca de bico, já que o cargo de vice estaria prometido para o PP – o nome cotado é do presidente da Assembleia, deputado estadual Dinis Pinheiro – e o principal candidato ao Senado é o governador Antonio Anastasia, que ainda não definiu se vai aceitar o convite. Ao mesmo tempo, os tucanos, ao não agradar o PSB, correm o risco de a legenda lançar candidato próprio – os nomes que o PSB poderia lançar, segundo Júlio Delgado, seriam o do prefeito Marcio Lacerda, o do presidente do Atlético, Alexandre Kalil, e o da secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola – ou se aliar com o PT.

Conversas Apesar de afirmar que o caminho natural da legenda é se unir ao PSDB, Júlio Delgado não descarta a possibilidade de uma aliança com o PT, mas eles ainda não foram procurados pelos petistas. O deputado diz que tem boa relação com o novo presidente do PT, Odair Cunha. “Acho mais difícil, mas na política não se fecha conversa com ninguém”, ressaltou.

Nas eleições municipais de 2008, o PSB se uniu aos petistas e aos tucanos na disputa à Prefeitura de Belo Horizonte. No ano passado, o PT rompeu com o PSB e lançou candidatura própria enquanto os tucanos se mantiveram na aliança. No entanto, Lacerda deu pouco espaço em seu governo ao PSDB e  mantém nomes do PT em seu governo. Essa atitude do prefeito abriu arestas entre Lacerda e os tucanos.


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