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Estado de Minas

Indefinição no ninho dos tucanos para a disputa do governo de Minas

Lançamento do presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, como pré-candidato ao governo de Minas embola a disputa interna com o ex-ministro Pimenta da Veiga


postado em 13/11/2013 06:00 / atualizado em 13/11/2013 07:08

O ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga foi lançado candidato ao governo há duas semanas (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press 6/8/13)
O ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga foi lançado candidato ao governo há duas semanas (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press 6/8/13)

A decisão do presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, de se lançar candidato ao governo de Minas indica para uma disputa interna entre ele e o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB). O nome do presidente do PSDB chegou a enfrentar resistência das bancadas governistas nos tempos em que ele era secretário da Saúde do governo Aécio Neves, por causa de disputas por bases eleitorais, mas ele tem conseguido aparar algumas arestas. A última investida de Pestana na sua pré-campanha particular foi na reunião do comando do DEM mineiro realizada na última segunda-feira (11) para discutir sucessão. Nesse encontro, o dirigente tucano garantiu aos democratas que não há nenhuma definição da chapa majoritária (governo e Senado) e que isso só vai ser feito ano que vem, quando o quadro nacional estiver mais bem definido.

Para um cacique nacional do partido, o parlamentar tem o direito de pleitear a vaga, mas não pode “sacrificar a unidade da legenda” nem o projeto de eleger o senador Aécio Neves presidente da República. Segundo ele, a grande maioria do PSDB já está trabalhando para que o ex-ministro seja o nome tucano para disputar a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB): “O Pimenta é o nome de maior densidade e que melhor representa a continuidade do projeto do partido em Minas Gerais”. O mesmo cacique disse ainda esperar que o deputado tenha o mesmo “gesto de grandeza “ do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e do presidente da Assembleia, deputado federal Dinis Pinheiro (PP). Os dois praticamente abdicaram de pleitear a vaga depois da entrada de Pimenta no páreo.

O ex-governador e deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que foi vice-prefeito de Pimenta da Veiga quando ele administrou a capital mineira, classificou como “intempestiva” a decisão do presidente de colocar seu nome na disputa. “Não foi oportuno. O partido trabalha para unificar a candidatura de Pimenta, um nome nacional que liderou a fundação do PSDB mineiro e que tem toda a capacidade de governar o estado”, afirmou.

na última segunda-feira (11), o ex-secretário- geral do PSDB de Minas e prefeito de Barbacena, Toninho Andrada, divulgou nota recomendando o afastamento de Pestana da presidência do partido para garantir isenção no processo sucessório.  

Só que Pestana tem conquistado apoios importantes na cúpula do PSDB mineiro, o que deixa a disputa em aberto.

O presidente da Juventude do PSDB mineiro, Caio Nárcio, filho do deputado federal Nárcio Rodrigues, que lançou em primeira mão, em Uberlândia, o nome de Pimenta para o governo, considerou natural que o deputado tenha se colocado na disputa, pois “é o presidente da legenda e tem expressão no estado”. Para ele, no tempo certo o partido vai saber definir o melhor nome. Mas para uma deputado federal ouvido pela reportagem, Pestana não seria “louco” de colocar seu nome na disputa sem consultar o senador, mas afirma que há “uma inclinação muito forte” em torno do ex-ministro. Amigo do presidente estadual do partido, o deputado estadual Luiz Henrique (PSDB) disse que a legenda “está bem com Pimenta ou Pestana”. “Ele é um bom nome, sou amigo dele e não há problema interno com as duas pré-candidaturas”.


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