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Estado de Minas

PSB admite adotar palanque duplo em Minas

Sem candidato próprio ao governo de Minas, presidenciável Eduardo Campos admite adotar palanque duplo no estado


postado em 04/10/2013 06:00 / atualizado em 04/10/2013 07:30

Marcio Lacerda e Eduardo Campos participaram, em Belo Horizonte, do ato de filiação ao PSB do presidente do Atlético, Alexandre Kalil(foto: Gladyston Lisboa/EM/D.A Press - 14/6/13)
Marcio Lacerda e Eduardo Campos participaram, em Belo Horizonte, do ato de filiação ao PSB do presidente do Atlético, Alexandre Kalil (foto: Gladyston Lisboa/EM/D.A Press - 14/6/13)

Na falta de um nome que aceite e seja viável para disputar o governo de Minas Gerais, o PSB já fala na possibilidade de não ter candidato próprio no estado, que é o segundo colégio eleitoral do país, e adotar um palanque duplo, que sirva tanto ao governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como ao senador Aécio Neves (PSDB). A tese foi admitida ontem pelo próprio Campos, que esteve em Belo Horizonte para a filiação do presidente do Atlético, Alexandre Kalil. Segundo o pernambucano, o partido pode caminhar para um entendimento dentro do grupo que reelegeu o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, desde que tenha espaço na chapa majoritária com vaga de vice-governador ou senador.

“Vamos discutir no campo político que estamos inseridos, que é o que elegeu o Marcio e o governador Anastasia. Nesse campo podemos ter uma candidatura do nosso partido ou de outro partido, essa decisão não foi tomada ainda”, afirmou o Campos, presidente nacional do PSB. Segundo ele, o partido é “diferente de outras legendas” e demonstrou, ao longo de sua história, que não precisa ser o nome principal da chapa para fazer aliança. “Nós gostamos de ser apoiados, mas sabemos apoiar. O importante é o interesse de Minas”, disse.

Na visita ao principal reduto de Aécio Neves, com quem tem proximidade, Eduardo Campos fez questão de ressaltar que a relação de amizade com o tucano é antiga e independe de os dois estarem na mesma trincheira. Ele afirmou, porém, que o palanque duplo vai ocorrer em alguns estados e indicou que Minas Gerais pode ser um deles. Em discurso aos socialistas que acompanharam as últimas filiações para as eleições de 2014, Campos falou na construção de uma “ampla frente” que sirva aos cenários regional e nacional e voltou a sinalizar o trabalho por uma aliança com o grupo de Aécio. “Saberemos caminhar sem desfazer alianças que foram importantes para o partido ontem e que vão ser amanhã”, reforçou.

Passado

Ao lado de Lacerda, que acompanhou a coletiva e com quem havia se reunido minutos antes, Eduardo Campos falou sobre a candidatura do prefeito usando o tempo passado. Segundo ele, é um nome que tem todos os atributos, e o partido tem toda uma torcida por ele. “Claro que o partido olha para um estado como Minas, que tem um filiado como o Marcio, qualquer um gostaria que acontecesse (a candidatura ao governo). Só que o Márcio, com justa razão, tem focado no trabalho dele”, disse.

O prefeito também reafirmou a pouca disposição de disputar o governo e afirmou ser possível uma aliança com o PSDB. “A probabilidade de que eu venha a ser candidato ao governo do estado é muito pequena mesmo, por vários motivos, entre eles, a minha própria disposição. Mas é importante que o debate continue e, em fevereiro ou março, teremos a posição absolutamente definitiva”, disse.

Alternativa

Aos militantes do PSB, Eduardo Campos disse que o partido não está entre os que acham que o atual governo não fez nada, mas também discorda de quem acha que ele fez tudo. Ele afirmou ainda que o PSB ajudou o Brasil a melhorar na última década. “Não dá para dizer que somos maiores ou melhores do que outros, mas podemos afirmar que o PSB vai ser uma alternativa para que o Brasil siga em frente mudando”, disse. Segundo o pré-candidato, a primeira alteração que o brasileiro quer ver é na política, com o fim das velhas raposas e dos acordos que deixam o povo brasileiro de fora. “O Brasil merece o respeito da classe política e é em nome desse respeito que estamos reunindo pessoas de bem para discutir o Brasil”, afirmou. O governador classificou Minas como um estado estratégico e disse que as filiações de Kalil e de cerca de 30 nomes ontem fortalecem a legenda.

Aplaudido pela torcida organizada do seu time e pela militância, que o anunciou com gritos de “senador do Brasil é o Kalil”, o cartola afirmou que a dificuldade na política vai ser aprender a ser liderado. O novo político afirmou que não tem pretensões de disputar nenhum cargo específico, mas de servir à legenda. Ele foi apontado por Eduardo Campos como um nome que pode disputar qualquer cargo majoritário e afirmou que, na política, seu papel será discutir questões que influenciem a vida das pessoas. Começou criticando os preços, que considera abusivos, do refrigerante e do pão de queijo no aeroporto de Confins. Kalil disse ser amigo de Aécio Neves, mas negou qualquer influência do tucano na sua filiação.

Mudança nos portos

A Presidência da República confirmou ontem a saída de Leônidas Cristino da Secretaria de Portos. No lugar dele, assume o economista Antonio Henrique Pinheiro Silveira, atual secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. A escolha segue a decisão da presidente Dilma Rousseff nomear interinos para as pastas que ficarem vagas até o final do ano, evitando, assim, antecipar o tabuleiro da reforma ministerial. Cristino deixa o cargo depois de o presidente do PSB, Eduardo Campos, anunciar que o partido deixará os cargos que ocupada no governo.


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