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Estado de Minas

Dois ex-prefeitos de BH articulam para disputar o governo de Minas em 2014

Fernando Pimentel (PT) promove reuniões com prefeitos. Em contrapartida, nos bastidores, Pimenta da Veiga sonda apoio de correligionários para sair em campo


postado em 30/08/2013 12:14 / atualizado em 30/08/2013 12:37

PSDB e PT, as duas principais forças políticas no Estado, intensificaram a partir deste mês a movimentação para viabilizar no ano que vem a candidatura ao governo de Minas de duas lideranças políticas com forte apelo eleitoral em Belo Horizonte. Ambos foram prefeitos da capital e encontram simpatia nas hostes de seus respectivos partidos para saírem candidatos. De um lado, o petista e atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Do outro, o tucano e hoje presidente do Instituto Teotônio Vilela, Pimenta da Veiga.

Nenhum dos dois admite a candidatura por enquanto. Um das razões é qualquer indicação nesse sentido contraria a legislação eleitoral. Isso porque a declaração pública poderia ser caracterizada como campanha antecipada, uma vez que ela só será permitida após as convenções partidárias, marcadas para junho do ano que vem. Outro motivo, talvez mais forte ainda, é que há muita costura política por fazer em torno de aliados para emplacar e apoiar as duas candidaturas.

Até que isso aconteça, eles estão sondando o humor de aliados em potencial, durante reuniões públicas ou em encontros reservados. Dentro dessa realidade, Fernando Pimentel tem se encontrado frequentemente com os principiais cabos eleitorais de eleições majoritárias (Presidência da República, governador e senador).

Nesta sexta-feira, Pimentel está reunido com cerca de 100 prefeitos em Montes Claros, no Norte de Minas. Acompanhado da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, ele promove o segundo encontro de prefeitos - já houve outro no início deste mês em Uberlândia, com ministros do governo de Dilma para ouvir as demandas dos chefes dos Executivos municipais. Em Montes Claros, também estão sendo entregues as chaves de 18 caminhões pipas para cidades da região atingidas pela seca.

Pimentel não admite a candidatura. Mas, em março deste ano, durante encontro empresarial em Nova Lima, na Região Metropolitana, ele foi saudado pelo chefe do cerimonial como “futuro governador de Minas Gerais”. Ele não negou e, além disso, tratou de enfatizar a saudação, ainda que em tom de brincadeira. “Hoje sou ministro temporário, mas sempre amigo de vocês”, respondeu Pimentel.

Por outro lado, Pimenta da Veiga também não confirma a candidatura no ano que vem.  Recém-chegado de Brasília, onde passou os últimos 15 anos como advogado, o também ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assumiu esta semana a presidência do Instituto Teotônio Vilela, instituição ligada às hostes tucanas. A cerimônia foi muita concorrida, com a presença das principais lideranças do PSDB, com destaque para senador Aécio Neves, que avalizou a sua vinda para BH com o objetivo de também coordenar a pré-candidatura dele à Presidência da República.

Por enquanto, correligionários admitem, tanto dentro como fora do PSDB, que Pimenta da Veiga tem feito sondagens em busca de apoiamento para a candidatura. O deputado federal - também ex-governador de Minas, ex-senador e ex-prefeito de Belo Horizonte-, Eduardo Azeredo (PSDB) disse, nesta sexta-feira, que, por enquanto, é cedo para falar em candidatura. Mas declarou , no entanto, que Pimenta da Veiga “é uma forte opção” dos tucanos para a disputa do governo de Minas no ano que vem. Azeredo só não quis esticar o assunto porque, na outra ponta, existem três candidaturas que disputam a mesma indicação dos tucanos, o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e os deputados Dinis Pinheiro e Marcus Pestana, ambos do PSDB.


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