
A substituição vinha sendo costurada há mais de um mês. A situação do PSB mineiro preocupava a direção nacional, já que o estado é o segundo colégio eleitoral do país. Por causa da forte relação com Lula, de quem foi ministro do Turismo e de Relações Institucionais, Walfrido teria dificuldades de enfrentar o PT. “Conversei com o Walfrido e ele compreendeu essa solução. Ele tem uma posição diferenciada em relação à disputa presidencial, tem um compromisso pessoal com o Lula, e nós compreendemos, mas discordamos”, afirmou o secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Na campanha pela reeleição de Lacerda em Belo Horizonte, Walfrido quase não foi visto. O então dirigente se afastou depois que, às vésperas do registro da candidatura, os petistas decidiram romper com o candidato socialista e lançar o petista Patrus Ananias como candidato de oposição. Como opções para assumir a legenda, além de Delgado, eram cotados Mario Assad e a recém-filiada Maria Elvira.
Sobre a definição de Marcio Lacerda para a disputa do ano que vem, Siqueira negou que haja pressão. Segundo ele, agora é o momento de arrumar o partido. “Não queremos atrapalhar a administração dele, isso é uma decisão exclusiva e pessoal”, afirmou.
