
Para Lewandowski, a decisão sobre o relator dos recursos é do plenário. “Ele (Barbosa) pode até eventualmente decidir individualmente, mas de toda decisão individual cabe sempre agravo regimental, em plenário como nós todos sabemos", explicou Lewandowski, que tenta evitar novos confrontos com o presidente do STF, com quem teve duras discussões durante o julgamento do mensalão. Segundo Lewandowski, o relator terá que definir se os recursos apresentados pelos 25 condenados serão analisados em conjunto ou de forma isolada. Barbosa tem indicado que deve levar ao plenário de forma conjunta.
"Tecnicamente é possível julgar separadamente, não há nenhuma razão técnica que obrigue a julgar todos os embargos de uma vez só", completou Lewandowski. O ministro, também revisor da Ação 470, disse que não é praxe que o relator analise de forma isolada os recursos. "Só se ele (o recurso) for manifestamente impertinente. E se negar, cabe agravo. A regra geral é que o plenário examine, ainda que sumariamente”, disse.
Sinal
Na Costa Rica, o presidente Joaquim Barbosa esclareceu que ainda não tem conhecimento dos argumentos dos recursos, apresentados por todos os 25 condenados. "Não tomei conhecimento do teor de nenhum recurso e, portanto, só começarei a pensar no que fazer na próxima semana", declarou, se esquivando de comentar o pedido de sua saída da relatoria da Ação 470. “Nas duas próximas semanas devo sinalizar o que vou fazer." No mês passado, o presidente do STF disse que pretendia concluir o processo do mensalão até 1º de julho.
