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Estado de Minas

PT e PSDB travam o primeiro round na disputa pela Presidência da República

No pontapé inicial da campanha presidencial de 2014, a festa de 10 anos do PT no poder com Dilma e Lula recebeu contraponto no Senado, com discurso crítico do senador Aécio Neves


postado em 21/02/2013 06:00 / atualizado em 21/02/2013 07:14

O senador Aécio Neves escolheu o número do adversário para elencar os 13 fracassos dos governos petistas para tentar apagar a festa do partido de Dilma e Lula pelos 10 anos no Palácio do Planalto(foto: Dida Sampaio/AE)
O senador Aécio Neves escolheu o número do adversário para elencar os 13 fracassos dos governos petistas para tentar apagar a festa do partido de Dilma e Lula pelos 10 anos no Palácio do Planalto (foto: Dida Sampaio/AE)

PT e PSDB anteciparam nessa quarta-feira o primeiro round do que promete ser a luta pelo Palácio do Planalto em 2014. No mesmo dia, as duas legendas, que desde 1994 polarizam as disputas presidenciais, travaram uma batalha de argumentos e números sobre quem fez mais e melhor pelo país. Em Brasília, o PSDB desancou os petistas e apontou erros dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, o PT, reunido para comemorar os 33 anos da legenda e os 10 anos no poder, fez comparações com o governo Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) para ressaltar seu desempenho no comando do país. Batizada de O decênio que mudou o país, uma cartilha com as comparações entre os dois governos, com a foto de Lula e Dilma na capa, foi distribuída à militância.

Os ataques ao PT couberam ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do PSDB à sucessão de Dilma. Estrategicamente, o tucano antecipou do dia 27 para ontem seu discurso com críticas ao adversário. A data foi escolhida a dedo para coincidir com a festa petista, que tinha como principal atração a presença de Dilma, Lula e outros medalhões da legenda. Aécio listou os 13 fracassos do PT e colocou na conta tucana parte dos avanços obtidos pela atual gestão.

Sua fala foi considerada pelos militantes do PT como o lançamento oficial de sua candidatura presidencial. Da mesma forma, os tucanos avaliaram como antecipação da campanha pela reeleição a cartilha do PT e a postura de Dilma nas últimas semanas, como os anúncios da redução da conta de luz e da ampliação do Bolsa-Família.

No fim da sessão, em entrevista coletiva, Aécio negou ser candidato à presidência. “O candidato do PSDB só vai ser conhecido em 2014. Agora estamos apenas discutindo a agenda do país, e estamos prontos para qualquer debate”, disse. Em tom crítico, recomendou: “É hora de o PT fazer autocrítica, reconhecer os gravíssimos equívocos no campo ético, no campo administrativo, os problemas sérios que estamos vivendo e vamos viver do ponto de vista econômico”.

Tempo esgotado

Assim como Aécio usou o número do PT para listar os 13 fracassos, em resposta o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI) utilizou o número do PSDB para listar os 45 acertos petistas em uma década de poder, mas não conseguiu concluir porque seu tempo se esgotou. Teve de parar no número 27. “O Brasil hoje come, se veste e se educa”, enfatizou Dias. Aécio foi aparteado também pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tachou sua fala de elitista. “Acho que Vossa Excelência não constrói um discurso competitivo para quem é candidato a presidente da República.”

Cinco horas depois, durante a festa petista, foi a vez de Lula rebater o discurso de Aécio, com quem sempre teve uma boa relação pessoal. “É uma coisa muito interessante, porque vai permitir que os nossos senadores sigam para debater com ele”, ironizou o ex-presidente, que acusou a oposição de estar “fragilizada”. “Eles estão inquietos porque perceberam que estão sem valores, sem discurso, sem proposta. Tudo que eles pensaram em fazer nós fizemos mais e melhor”, comparou. “Por isso que nós queremos abrir esse debate. Se tem uma coisa que não temos medo é do debate.”

A exemplo do pronunciamento feito para apresentar a redução da conta de luz, Dilma afirmou que as críticas ao baixo crescimento econômico são tendenciosas. “Nosso governo está cada vez mais sólido. Enfrentamos com competência uma das maiores crises da história e estamos preparados para o futuro. A estabilidade é um dos nossos compromissos inabaláveis”, assegurou. “Ninguém duvide da nossa capacidade. (…) Os que duvidarem amargarão sérios prejuízos políticos e econômicos”, profetizou a presidente.
(Colaboraram Felipe Seffrin e Paulo de Tarso Lyra)


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