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Estado de Minas

PSDB quer ouvir Mantega durante recesso do Congresso


postado em 07/01/2013 16:21

O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), defendeu nesta segunda-feira que o Congresso ouça durante o recesso as explicações dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, sobre a manobra fiscal feita nos últimos dias de 2012 para injetar R$ 19,4 bilhões de recursos nos cofres do governo e cumprir a meta de superávit primário - a economia feita para pagar os juros da dívida. Bruno Araújo anunciou que o partido deve apresentar nesta segunda o pedido à Comissão Representativa, colegiado formado por senadores e deputados que representa o Congresso nas férias dos parlamentares.

Na sexta-feira passada, lideranças tucanas e do Democratas haviam acertado que tentariam ouvir os dois ministros na volta do recesso, em fevereiro, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. O PSDB, entretanto, mudou de ideia e quer ouvi-los o mais rápido possível. "Não dá para, em um assunto dessa dimensão a gente esperar fevereiro, quando vai haver eleição da Mesa Diretora, carnaval depois, e o pedido será adiado", afirmou Bruno Araújo. "É preciso que o governo explique qual a nova política macroeconômica e se ele vai abandonar o tripé de metas fiscais, com o câmbio flutuante, superávit primário e metas de inflação."

O líder tucano disse ainda que os ministros precisam explicar porque o governo, sem a aprovação do orçamento de 2013 pelo Congresso, valeu-se da edição de uma medida provisória que liberou mais de R$ 40 bilhões em recursos. Bruno Araújo disse que não contatou o deputado Ronaldo Caiado (GO), responsável pela liderança do DEM, para saber se o partido também endossará o pedido. A reportagem não conseguiu localizar Caiado pelo telefone.

Caberá ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidir se convocará uma reunião da Comissão Representativa para deliberar o pedido do PSDB. Bruno Araújo espera que Sarney atenda ao pedido da oposição para por a matéria em votação. Contudo, a base aliada tem ampla maioria na comissão para derrubar o requerimento.


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