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Estado de Minas

Na véspera da posse, PSDB diz que Henrique Braga é nome de consenso para presidir CMBH

Depois da disputa entre tucanos, vereador reeleito deve ocupar a presidência da Casa


postado em 31/12/2012 17:24 / atualizado em 31/12/2012 18:37

Além de nova pintura, gabinetes da Câmara foram limpos, em especial para os 22 que assumem o mandato pela primeira vez(foto: Iracema Amaral)
Além de nova pintura, gabinetes da Câmara foram limpos, em especial para os 22 que assumem o mandato pela primeira vez (foto: Iracema Amaral)

Tudo pronto para a posse do prefeito reeleito Marcio Lacerda (PSB) e dos 41 vereadores da capital. A posse dos eleitos na disputa eleitoral deste ano acontece nesta terça-feira, no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que ganhou pintura nova e passou por uma faxina. Nem mesmo o imbróglio envolvendo a escolha da Mesa Diretora da Casa, em especial da presidência da Casa, deve atrapalhar a solenidade marcada para começar às 14 horas. O vereador reeleito Henrique Braga deve ser eleito presidente do Legislativo para os próximos dois anos.

Nesta segunda-feira à tarde, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, o presidente estadual do PSDB e deputado federal Marcus Pestana disse, por telefone, que “nós já convergimos para o nome do Henrique Braga”. Pestana explicou que esse “nós" envolve ele e o prefeito de Belo Horizonte. Na disputa pela presidência da Câmara, três vereadores tucanos se colocaram no páreo: o atual presidente do Legislativo, vereador Léo Burguês, e os vereadores Pablito e Henrique Braga.

Pestana disse que Pablito já aceitou retirar a candidatura. Em relação a Léo Burguês, ele afirmou que ainda “uma certa divergência. Porém, ele assegurou que isso não deve comprometer a costura para evitar um racha entre os tucanos. O deputado afirmou que até amanhã o consenso deve prevalecer em torno do nome de Henrique Braga. “Hoje (nesta segunda-feira) à tarde está havendo várias reuniões entre os vereadores para fechar a composição da Mesa Diretora, que deve contar com a participação de todos os partidos, inclusive da minoria. Creio que o Henrique será eleito”, afirmou Pestana.

Um assessor próximo a Marcio Lacerda disse que o prefeito não está dando declarações sobre o assunto. Segundo ele, nos encontros mantidos com lideranças tucanas, incluindo Marcus Pestana, Lacerda afirmou que a principal preocupação dele é evitar governar com uma Câmara dividida. Portanto, ele não iria se posicionar a respeito de nomes, mas apenas sobre a indicação do vereador que tivesse maior capacidade de aglutinação para comandar os trabalhos da Casa.

Plenário da Câmara (foto: Iracema Amaral)
Plenário da Câmara (foto: Iracema Amaral)
Pestana, por outro lado, informou que já está sendo construída uma agenda para resgatar a credibilidade da Casa. “Os legislativos de uma maneira geral , em todo o país, passam por uma crise”, afirmou, sem entrar em detalhes sobre os alguns escândalos envolvendo a Câmara Municipal de Belo Horizonte nos últimos anos (que incluem uso indevido da verba de gabinete por parte de alguns vereadores e denúncias de corrupção. Vale lembrar que tramita em segredo de Justiça um processo contra parlamentares acusados de receber propina para aprovar a construção do Shopping Boulevard, na capital).

Governabilidade

A cautela de Lacerda em não se manifestar publicamente sobre a disputa tem a ver com a governabilidade. Os tucanos obtiveram do então candidato à reeleição o compromisso de apoiar um tucano para ocupar a presidência da Câmara, em troca da coligação eleitoral. Lacerda está procurando honrar o compromisso, porém, está mais preocupado com projetos do Executivo que precisam de aval do Legislativo. “E ele sabe que uma Câmara rachada pode ser empecilho”, disse um assessor próximo ao prefeito.

Ainda no primeiro semestre do próximo ano, Lacerda já tem planejado envio de alguns projetos de lei de grande repercussão. Entre eles, uma autorização para que a prefeitura faça um empréstimo de R$ 300 milhões para execução de obras do Orçamento Participativo, já aprovadas, contudo ainda não realizadas por falta de verba. Outro projeto de interesse de Lacerda, que faz parte de uma promessa de campanha, é recriar a Secretaria de Cultura, cujo setor hoje é atendido por uma fundação, criticada por especialistas por ter menos autonomia e menos recursos.


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