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Estado de Minas

Por causa de cargos na prefeitura, Lacerda é pressionado até por seu próprio partido


postado em 04/12/2012 00:12 / atualizado em 04/12/2012 07:08

Alice Maciel

Além da pressão externa de 18 partidos por cargos no Executivo da capital mineira, o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, terá de agradar a sua sigla, o PSB, que quer as principais secretarias. Segundo o presidente do diretório municipal, João Marcos Lobo, o PSB vai reivindicar um espaço coerente com o tamanho da sua bancada eleita na Câmara Municipal de seis vereadores e com a importância que teve na campanha. Os socialistas também deliberaram, durante reunião da bancada com a direção na semana passada, que vão lançar um candidato à Presidência do Legislativo da capital.

Nos quatro anos de gestão de Lacerda, o PSB só ganhou cargos importantes – Presidência da Belotur, secretaria da Regional Leste e Presidência da Fundação Municipal de Cultura – depois do rompimento da aliança com o PT – que ocupava essas vagas –, em junho. Até então, os únicos representantes da sigla no primeiro escalão do Executivo eram o secretario de Relações Institucionais, Marcelo Abi Saber, e o secretário de Serviços Urbanos, Píer Giorgio Senesi Filho, que, apesar de filiados ao PSB fazem parte da cota pessoal do prefeito. Os dois ocuparam cargos de direção nas companhias do setor de telecomunicações que pertenceram a Lacerda: Abi Saber foi diretor-geral da Batik e Senesi Filho era diretor-geral da Construtel.

As reivindicações do PSB deixam o prefeito em uma saia justa. Isso porque o PSDB, o PV e o PDT que fizeram parte da coligação que o apoiou na reeleição, em outubro, também querem cargos no primeiro escalão. “O PSB também tem bons quadros técnicos. Tem lugar para todos os partidos da base”, avaliou o vereador Daniel Nepomuceno (PSB), considerado um dos possíveis candidatos do partido à Presidência da Câmara. Segundo ele, a sigla deve se reunir essa semana para definir o nome que será lançado.

Justificativas

Articulações para a Presidência da Câmara e pressão por cargos no Executivo são fatores apontados pelos parlamentares para justificar a queda do quórum na sessão de ontem – apesar de 31 parlamentares terem marcado presença. Isso porque, na avaliação deles, a votação das propostas mais relevantes logo no início do mês acarretaria na desmobilização dos vereadores. Entre os projetos importantes, que eles têm que votar antes de encerrar o ano está o Orçamento de 2013 da prefeitura, que entra na pauta hoje.

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), está tentando um acordo na Casa para protocolar ainda esta semana o projeto que prevê o reajuste salarial dos vereadores, do prefeito, vice-prefeito, secretários e secretários-adjuntos. Os que que não foram reeleitos estão resistentes. Já alguns parlamentares não estão conformados com o reajuste de 33%, correspondente à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Eles reivindicam um aumento para os vereadores que supere o salário do secretário-adjunto. Com o reajuste proposto, o salário iria para R$ 12,8 mil.

Durante o pinga-fogo nessa segunda-feira, o vereador Arnaldo Godoy (PT) chegou a questionar o fato de Marcio Lacerda ter desistido de aplicar provas e teste psicológico para indicados aos cargos no governo como fez no seu primeiro mandato, conforme publicou o Estado de Minas na segunda-feira. “Será que as pessoas indicadas não têm qualificação para fazer teste?”, cutucou o petista. A sessão foi marcada também pela despedida do vereador Cabo Júlio (PMDB), que assume uma cadeira na Assembleia de Minas.

 

 


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