
Tradicionalmente, a chapa com os sete integrantes da mesa é decidida por consenso antes da votação em plenário, que apenas avaliza os acordos entre os deputados. Este ano, no entanto, está sendo desenhada uma disputa pelo cargo de Dilzon Melo. Corrêa afirmou que vai seguir com a candidatura até o fim. “Precisamos de mudança, de oxigenação, e tem espaço para novas lideranças. Acho que tenho condições de fazer um bom trabalho na Casa”, afirmou.
Dilzon Melo, por outro lado, acredita que pode continuar, mas considera a concorrência por seu cargo democrática. “Espero fazer parte da chapa oficial. Dentro da Casa tudo é questão de entendimento e a gente está fazendo os acordos necessários para continuar, já que o presidente vai ser mantido também. Dirigimos bem os trabalhos e queremos permanecer”, afirmou.
Nos bastidores, alguns parlamentares reclamam da atuação de Dilzon, que não teria presença suficiente na Casa para atender os interesses dos deputados. Na expectativa deles, o primeiro secretário estaria frustrando as demandas parlamentares. “Aceito a crítica porque é muito difícil a gente poder atender todos. Tenho um trabalho de transparência e lisura, em sintonia com o presidente, mas confesso que não tenho como atender todos em suas pretensões”, respondeu Dilzon Melo.

Para as outras vagas da mesa, a troca está sendo definida entre os partidos. O PT vai passar a vaga de terceiro vice-presidente de Paulo Guedes para Adelmo Leão, Elismar Prado ou Almir Paraca – os três pleiteiam o posto e ainda não houve reunião para decidir. A segunda secretaria deve passar de Inácio Franco para Hely Tarquíneo, do PV. Já o PSD deve indicar Neider Moreira para o cargo de terceiro secretário, hoje com Jayro Lessa, do DEM. Pelo PDT, o segundo secretário Alencar da Silveira Junior deve dar lugar a Tenente Lúcio. O primeiro vice- presidente José Henrique (PMDB), que passa por problemas de saúde, também deve ser substituído por outro peemedebista, mas o partido ainda não discutiu o assunto.
