
O movimento já percorreu 20 estados em 64 caravanas. Ao todo, são 60 mil casos analisados. Na cerimônia de abertura, na quinta-feira, deve ser anunciado o cronograma do Memorial da Anistia, que será erguido no prédio da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, na Rua Carangola, no BairroSanto Antônio. Segundo o deputado Nilmário Miranda (PT), parte da verba já foi liberada, as licitações já foram feitas e as obras devem começar em 13 de dezembro.
“É importante o julgamento dos anistiados deixar as paredes de mármore dos tribunais e ir ao encontro da população”, afirma o deputado, que atuou como relator do caso do cabo Anselmo. Em maio, foi negado o pedido de reparação de R$ 100 mil ao ex-marinheiro José Anselmo dos Santos, de 70 anos, mais conhecido como cabo Anselmo. Esse foi o primeiro julgamento que tratou de um agente duplo. O assunto aguardava decisão desde 2004, quando cabo Anselmo protocolou o pedido de anistia, alegando que, antes de colaborar com o regime, na década de 1970, foi perseguido, preso e exilado, na década de 1960.
Em outubro, a Caravana da Anistia esteve na PUC Minas em Betim e anistiou sete pessoas perseguidas pela ditadura.
