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Estado de Minas

Relator da CPI do Cachoeira sofre pressão da oposição para mudar relatório


postado em 23/11/2012 07:44 / atualizado em 23/11/2012 08:02

Pressionado pela oposição, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), adiou mais uma vez a leitura do relatório final “para fazer melhorias no texto”. Ele já decidiu que não vai incluir nenhum novo nome na lista de 46 indiciados, mas deixou em aberto a possibilidade de retirar alguns dos citados originalmente. “Estou apenas ganhando mais prazo para dialogar com o conjunto dos membros da comissão. Sobre o conteúdo, eu não vou falar. Sempre é possível fazer aperfeiçoamentos”, justificou ele. Na segunda-feira, o relator vai conversar com líderes partidários para mapear as insatisfações e as reivindicações dos variados grupos políticos interessados no resultado da CPI.

Uma das mais fortes pressões está relacionada ao indiciamento por formação de quadrilha de cinco jornalistas. Odair Cunha era contra o enquadramento, mas o PT decidiu que o relator deveria responsabilizá-los. Os nomes só foram incluídos no relatório no último dia do prazo de entrega do documento. Já a decisão de solicitar que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi tomada pessoalmente pelo deputado.

O relatório aponta que Gurgel não deu prosseguimento às investigações referentes à Operação Vegas, iniciada em 2008 pela Polícia Federal. Para o relator, não foi apresentada nenhuma justificativa. O inquérito da Polícia Federal foi remetido à Procuradoria-Geral da República em 2009. No entanto, a subprocuradora Cláudia Sampaio, mulher de Gurgel, entendeu que não havia indícios para o prosseguimento da apuração contra as autoridades com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele só pediu abertura do procedimento na Corte depois de mais de dois anos, quando a CPI já havia sido instalada. Ontem, Gurgel afirmou que o posicionamento é uma retaliação que parte de inconformados com a atuação do órgão. Em maio, ele já havia declarado que a tentativa de imputar responsabilidades a ele nada mais era do que uma manobra daqueles que temiam o julgamento do mensalão.

Instagram Ontem, a mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, Andressa Mendonça, postou uma foto do casal nas redes sociais. A foto foi tirada em um posto de gasolina no trajeto entre Brasília e Goiânia, para onde ele foi depois de deixar o Presídio da Papuda. O bicheiro está visivelmente mais magro e com muitos cabelos brancos.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, anunciaram ontem que vão processar Odair Cunha por calúnia e difamação. O relator sugeriu o enquadramento de Perillo pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, advocacia administrativa, tráfico de influência, falso testemunho, lavagem de dinheiro e, ainda, descumprimento da Lei de Licitações. Rincón foi responsabilizado por formação de quadrilha, corrupção passiva e advocacia administrativa, além das penalidades previstas na Lei de Licitações. O governador alegou que está sendo vítima de uma perseguição política.

Na manhã de ontem, parlamentares do PPS, PSOL, DEM, PDT e PMDB entregaram a Roberto Gurgel um relatório paralelo dos trabalhos da CPI. O procurador-geral da República disse que a representação deve trazer elementos novos para embasar procedimentos investigatórios do Ministério Público Federal.

Nova denúncia

A Justiça Federal recebeu ontem a segunda denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, tornando-o réu em nova ação penal relativa à Operação Monte Carlo, que trata de um esquema criminoso de exploração de jogos em Goiás. Investigações apontaram que o grupo de Cachoeira continuava a agir mesmo após a prisão do contraventor. A Justiça determinou o recolhimento do passaporte de Cachoeira até as 18h desta sexta-feira.


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