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Estado de Minas

Cineasta faz abaixo-assinado para questionar mensalão


postado em 24/09/2012 20:27

O produtor Luiz Carlos Barreto, o Barretão, disse nesta segunda que está preocupado com o "transcorrer das coisas" e a "garantia dos direitos individuais" no julgamento do mensalão. "Analisando bem, eu me sinto ameaçado como cidadão", afirmou Barretão, que questiona o que chamou de prevalência da presunção em detrimento de provas materiais.

Amigo do ex-ministro José Dirceu, o cineasta tomou a iniciativa de colher assinaturas em um documento que, segundo ele, será encaminhado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. "Não é um manifesto, é uma manifestação", acrescentou. Barretão disse que o documento será impessoal. Portanto, não haverá menção a nenhum dos réus do processo do mensalão. "Não estamos falando de Zé Dirceu nem pedindo a absolvição de réu nenhum."

 

São três os objetivos do cineasta com a iniciativa: "Primeiro, que o julgamento não se transforme em um show, que não tenha esse caráter de espetacularidade que está tendo. Segundo, que seja realizado pelo tribunal, e não fora do tribunal; e, terceiro, que sejam respeitados os direitos constitucionais inerentes ao estado democrático de direito. Em síntese, é isso."

Segundo Barretão, o documento reúne cerca de 200 assinaturas de pessoas preferencialmente dos meios artístico e intelectual, como Eric Nepomuceno, Oscar Niemeyer, Tizuka Yamasaki, Flora Gil Jorge Mautner, Alceu Valença, Antonio Pitanga, Bruno Barreto e Luiz Carlos Bresser Pereira.

Ele disse que o documento ainda não está acabado. "Estamos recebendo adesões e sugestões." O cineasta frisou que o texto manifesta a confiança de que os ministros estarão atentos à preservação dos direitos constitucionais. "É um documento que reafirma a confiança no espírito democrático dos juízes encarregados do julgamento. Não tem nenhum sentido de confronto ou desafio."

Para Barretão, chamar o texto de manifesto é uma incorreção. "Parece até que estamos clandestinamente nos organizando, como se fosse na ditadura. É um documento que não tem caráter de manifesto, de inquirir. Não estamos nos opondo a nenhuma ideia." Segundo ele, "coincidências" não podem ser confundidas com provas. "Reunindo coincidências daqui e dali pode-se constituir um ato de ofício."


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