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Estado de Minas

Empresária depõe na CPI do Cachoeira e ex-marido acaba suspeito de ligação com contraventor


postado em 15/08/2012 11:55 / atualizado em 15/08/2012 13:36

A primeira depoente do dia, que concordou em responder às perguntas dos senadores que participam da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, a empresária Roseli Pantoja disse, nesta quarta-feira, que ficou sabendo sobre a suspeita de seu envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, há dois meses, por meio de um jornalista e de “algumas notícias na internet”. Ela também garantiu que não conhece pessoalmente o contraventor. Ela informou ainda que o ex-marido, Gilmar Carvalho Moraes, com quem foi casada por 13 anos, tinha uma procuração assinada por ela. O senadores vão analisar a hipótese de convocá-lo para depor na CPI.

Antes do depoimento , ela era tida como sócia da Alberto & Pantoja Construções, empresa considerada pela Polícia Federal como integrante do esquema de Cachoeira. Roselinegou ser dona da Alberto & Pantoja, apontada pela Polícia Federal como uma empresa de fachada para lavar dinheiro do esquema montado por Cachoeira.

“Não trouxe advogado e estou aqui sozinha. Meu nome foi usado. Fiquei sabendo [das acusações] há dois meses, por meio de um jornalista. Não tenho nada, nenhum envolvimento com essa quadrilha. Meu nome foi usado e estou aqui para esclarecer”, disse Roseli Pantoja.

No início do depoimento, o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-SP), perguntou se o número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) que consta na CPI é dela. A comerciante negou e disse que seu nome é escrito com “i” e não com “y”, como foi incluído nos registros da comissão.

Roseli Pantoja informou que foi casada com Gilmar Carvalho Moraes, contador que é apontado pela Polícia Federal como integrante da quadrilha montado por Cachoeira. Disse ainda que, antes da separação, ocorrida há 10 meses, assinou uma procuração para o ex-marido para que ele providenciasse a abertura de uma empresa.

Outros depoentes

Roseli é uma das três pessoas convocadas para depor nesta quarta-feira na comissão. Antes dela, o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, compareceu à CPI, porém, invocou preceito constitucional para ficar em silêncio. “Por orientação do meu advogado, permanecerei em silêncio”, afirmou.

Edivaldo aparece em gravações da Polícia Federal referentes a um repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Ele também impetrou habeas corpus junto ao Supremo, mas o processo segue em segredo de Justiça, motivo pelo qual o Edivaldo aparece em gravações da Polícia Federal referentes a um repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Ele também impetrou habeas corpus junto ao Supremo, mas o processo segue em segredo de Justiça, motivo pelo qual o conteúdo não foi divulgado.

A CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados abriu os trabalhos, por volta das 10h30 desta quarta-feira, com protestos de alguns senadores que integram a comissão. Os parlamentares criticaram a notícia veiculada pela imprensa de que a CPI teria arquivado requerimentos para apurações sobre as empresas de fachada supostamente vinculadas à Delta. O vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), reiterou que a informação está errada, uma vez que não houve arquivamento.

Também é aguardado Hillner Braga Ananias, ex-segurança do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado em julho sob acusação de favorecer Cachoeira. Ananias teve o nome citado em ligações telefônicas captadas pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor goiano. Ele deverá comparecer munido de habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo o direito de permanecer calado.


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