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Estado de Minas

Advogado defende ex-deputado Pedro Corrêa e critica o Ministério Público


postado em 09/08/2012 17:41

O advogado Marcelo Leal, que foi membro da Comissão de Reforma do Código Penal do Senado, inicia defesa oral do ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente do PP que foi cassado por causa do mensalão. Segundo advogado a ser ouvido pelos ministros no Supremo Tribunal Federal (STF), Leal representa o réu e faz a sustentação contra as acusações de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que podem render até 27 anos de prisão.

Leal começou dizendo que é agora que a defesa começa a discutir a verdadeira existência do mensalão. É mais um defensor a criticar o Ministério Público Federal (MPF). "É muito difícil arquitetar uma defesa quando não se sabe do que é acusado”. Leal observou que 17 pessoas que constavam na lista de Marcos Valério não foram denunciadas, mas Pedro Corrêa, que não constava, virou réu.

Segundo ele, os recursos do empresário Marcos Valério eram destinados a campanha política de 2004 em virtude de acordo entre PT e PP. "Todos os recursos repassados pela Bônus Banval eram destinados a campanhas políticas e não para compra de votos", diz advogado de Corrêa. Ressaltou que os recursos de Valério eram repasses do PT para o pagamento de honorários do advogado Paulo Goyas, que representava Ronivon Santiago (PP-AC).

No relato, o advogado disse que o PP, na época da denúncia, era formado essencialmente por deputados federais e era só deles que vinham o fundo de tevê e rádio. O mandato de cada parlamentar era caro para o partido. “Foi nesse contexto que PP e PT iniciam as tratativas de união para as eleições de 2004", disse Leal.

Divergências regionais

A sustentação da defesa traz uma série de gráficos que demostram, segundo o advogado, que não há relação entre os eventuais repasses ao partido com os resultados das votações em plenário. Segundo ele, o PT fez representações contra o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) numa espécie de retaliação, por conta de uma divergência regional. O pepista apoiou Serra em 2002. Para retaliar Ronivon teria havido representações do PT no MP contra o deputado do PP, mas que depois teria havido acordo. Com a aproximação do PT com Ronivon Santiago, o jeito para ajudá-lo, segundo advogado de Pedro Corrêa, seria pagar o advogado do deputado. "Não houve cooptação de parlamentares no Congresso e sim pagamento de honorários do advogado de um deputado que tinha o mandato ameaçado”.

Ao encerrar a defesa de Pedro Corrêa, Marcelo Leal pediu "que nenhum cidadão brasileiro seja responsabilizado fora do foro devido". "Que Deus abençõe todos nós e a nossa democracia. Senhor presidente, amém!", concluiu.


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