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Estado de Minas ELEIÇÕES 2012

Dilma repete Lula e vai evitar bola dividida nos palanques


postado em 14/12/2011 06:00 / atualizado em 14/12/2011 07:17

Disposta a manter a unidade de sua base de sustentação no Congresso após as eleições municipais de 2012 e ciente de que a disputa pode trazer de volta a Brasília uma legião de insatisfeitos considerando-se abandonados pelo Planalto, a presidente Dilma Rousseff avisou nessa terça-feira que não vai subir em palanques eleitorais onde houver bola dividida na base de apoio ao governo. “Estou cada vez mais inclinada a não participar de eleições quando a minha base está envolvida. Eu tenho de ter responsabilidade com o país. Eu posso ter até aqui dentro (de mim) minhas convicções, mas aqui dentro é uma coisa. Como presidente não”, respondeu ela, em Porto Alegre.

A resposta foi dada após Dilma ter sido questionada sobre qual seria seu candidato nas eleições na capital do Rio Grande do Sul. A regra vale para todas as cidades onde a base estará rachada. Dilma, considerada por muitos como alguém que prefere uma gestão técnica a um comando político, mostrou com a declaração que assimilou com perfeição as palavras de seu mentor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula sempre buscou ao máximo a unidade nas disputas municipais e estaduais para evitar o desgaste de ter que subir em mais de um palanque e desagradar possíveis aliados. Os indícios de que Dilma é uma boa aluna haviam sido detectados pelo próprio ex-presidente em 2010, após discurso da então pré-candidata pelo PT na inauguração da nova sede do Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd). “A bichinha está palanqueira. Palanqueira de primeira”, afirmou ele ao presidente do sindicato, Antônio Neto, arrancando risadas dos presentes no evento.

Com o início das articulações partidárias para as eleições de 2012, Dilma tem ouvido de seus aliados que as disputas municipais são fundamentais para que as legendas mostrem suas forças e se cacifem para as eleições de 2014. O PSB, por exemplo, liberou o partido para fazer as coligações que forem mais convenientes para turbinar seu poder político. O PMDB, temendo perder o prestígio junto ao Palácio do Planalto, avisou que lançará candidatos em todas as capitais, inclusive em São Paulo, com o deputado Gabriel Chalita resistindo a uma aliança em primeiro turno com o petista Fernando Haddad.

Adversários

A experiência de Lula conseguia cicatrizar feridas pós-eleitorais com mais facilidade. Dilma começa a ensaiar esses passos e buscará evitar ao máximo gestos que possam provocar ciúmes. E, nos locais onde for possível operar o consenso, agirá intensamente, como fez na capital paulista, onde ajudou a convencer a senadora Marta Suplicy a abandonar a disputa.


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