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Estado de Minas

Com 11 vereadores fora do páreo, disputa na Câmara em 2012 vai ser mais leve para reeleição


postado em 10/12/2011 08:35 / atualizado em 10/12/2011 08:36

Pelo menos 11 vereadores eleitos em 2008 ou suplentes que assumiram e estão no exercício do mandato não concorrerão às eleições do ano que vem, tornando a disputa mais fácil para aqueles que pretendem tentar a reeleição. A eles poderão ainda se juntar outros cinco, acusados pelo Ministério Público Estadual de terem exigido propina para aprovar um projeto de lei em mandato anterior.

Seja porque foram eleitos deputados, seja porque foram afastados por motivos diversos seja ainda por razões pessoais – como é o caso do campeão de votos, professor Elias Murad (PSDB), que, aos 87 anos, está debilitado pela idade –, o fato é que a renovação dos caciques que brigarão por uma cadeira será a maior da história do Legislativo municipal.
A tudo isso soma-se um quociente eleitoral que deverá, como em 2008, permanecer entre 30 mil e 31 mil votos. A eleição será mais fácil para quem está na função e vai concorrer no ano que vem.

Quando no ano passado seis vereadores de Belo Horizonte se elegeram deputados estaduais e um para deputado federal, aqueles que ficaram e já faziam as contas para as próximas eleições comemoraram. Paulo Lamac (PT), o pastor Carlos Henrique (PR) e Fred Costa (PHS), respectivamente o terceiro, o quarto e o sexto mais votado nas eleições para a Câmara Municipal em 2008, além de Luzia Ferreira (PPS), Anselmo José Domingos (PTC) e João Vítor Xavier (PRP) mudaram-se para a Assembleia Legislativa. Luís Tibé (PTdoB) foi para a Câmara dos Deputados.

Antes de os novos deputados deixarem a casa, ainda no ano passado, Wellington Magalhães (ex-PMN) foi cassado por abuso de poder econômico. Em seu lugar assumiu o vereador Daniel Nepomuceno (PSB). A vigorar a Lei Ficha Limpa para o ano que vem, Magalhães, que foi o segundo mais votado em 2008 para a Câmara Municipal, também estará fora do jogo. Por motivo de saúde, o vereador Elias Murad, que liderou com 15.473 votos a lista dos eleitos, tampouco disputará. Já o vereador Ricardo Chambarelle (PRB) poderá não concorrer por motivo diverso: desacertos políticos em sua base eleitoral junto à Igreja Universal do Reino de Deus.

Não apenas Wellington Magalhães perdeu o mandato em uma disputa judicial com o Ministério Público. Há poucas semanas, o vereador Gêra Ornellas, em meio a um escândalo que expôs a sua vida íntima, renunciou ao mandato, não antes de ter sido desfiliado pelo PSB, o que, por si, já inviabilizaria a sua candidatura à reeleição.

Em meio à sucessão de quedas, dos sete suplentes de vereador que assumiram as cadeiras este ano em substituição aos deputados eleitos, Carlúcio Gonçalves (PR) já está afastado do cargo por decisão judicial em primeira instância, acusado de extorquir o empresário Nelson Rigotto de Gouveia para aprovar em 2008 o projeto que autorizou a construção do Boulevard Shopping. Ao lado de Carlúcio, também está afastado da Câmara, sob a mesma acusação, o vereador Hugo Thomé (PMN). Estão ainda na mira do Ministério Público Estadual, por envolvimento no mesmo caso, os vereadores Alberto Rodrigues (PV), Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB) e Geraldo Félix (PMDB).

Saiba mais

Quociente eleitoral


É o mínimo de votos necessários para que um partido conquiste uma cadeira. Com um eleitorado que nos últimos 15 anos cresce um pouco menos a cada eleição, partidos políticos e candidatos trabalham para a disputa à Câmara Municipal de Belo Horizonte no ano que vem com um quociente eleitoral entre 30 mil e 31 mil votos, próximo àquele registrado nas eleições de 2008. Como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) projeta um crescimento de 3% do eleitorado em relação ao de 2008, se forem mantidos os índices de votos nulos, brancos e abstenção, será mais fácil para um partido conquistar uma cadeira no ano que vem do que foi nas eleições passadas.


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