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Estado de Minas

Em depoimento no Senado Negromonte afirma que "idade de mentir já passou"

O ministro das Cidades foi ouvido nesta quinta-feira pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle e negou as denúncias de fraude em parecer


postado em 08/12/2011 13:06 / atualizado em 08/12/2011 15:25

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, negou as denúncias de que o ministério teria forjado um parecer sobre obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014 que mudava o modal de transporte de Cuiabá, em Mato Grosso. Com a alteração o valor aumentaria em R$ 700 milhões o valor da obra. Negromonte foi ouvido em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado nesta quinta-feira.

Em seu depoimento Negromonte afirmou que todas as denúncias serão investigadas pela pasta e que será aberta uma sindicância para apurar se os servidores agiram de maneira ilegal. “Se houver erro, terá punição. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém", disse. Ele acrescentou dizendo que não tem mais idade para mentir. “Minha idade de mentir já passou. Se tiver qualquer Bíblia para fazer juramento, eu farei", afirmou.

Segundo ele, o primeiro parecer sobre a obra foi feito sem que o ministério o tivesse pedido, o que, segundo o ministro, causa estranheza. “O parecer desse analista não foi solicitado pela diretora. Ele o fez e depois o distribuiu, inclusive vazando o documento para a imprensa”, argumentou Negromonte. "Não posso prejulgar. Por isso, instaurei uma sindicância para apurar se houve erro no trâmite, nessa substituição. Se tiver erro, [quem o cometeu] vai pagar. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém."

Negromonte garantiu que o custo a mais, em decorrência da alteração do projeto, não será arcado pelo governo federal. “Esses R$ 700 milhões a mais serão arcados pelo governo do estado, para dar um transporte de qualidade [à população], e a sociedade deseja isso. O governo federal não vai arcar com nenhum recurso. Quem vai bancar é o governo do estado, que vai buscar recurso no banco.”

A solicitação de mudança de modal, feita pelo governador, já tinha sido apresentada a diversos ministros, à presidência da Caixa e à Presidência da República, segundo Negromonte. “Eles têm autonomia federativa para solicitar essa mudança de modal. O governador do Mato Grosso [Silval Barbosa, do PMDB] inclusive argumentou que um dos motivos da alteração do BRT [do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus] pelo VLT [Veículo Leve sobre Trilho] é que serão necessárias1,3 mil intervenções para a obra. Ou seja, 1,3 mil desapropriações, o que ia encarecer muito [a obra]”, acrescentou.

Negromonte disse ainda que não teve nenhuma conversa com a presidenta Dilma Rousseff sobre a permanência dele no governo, após a reforma ministerial, prevista para o início de 2012. “Não estou preocupado nem em sair nem em ficar. Estou preocupado em exercer um bom papel.”

Denúncias

De acordo com denúncia Negromonte aprovou uma fraude produzida para dar respaldo técnico a um acordo político que encareceu um projeto de transporte para a Copa de 2014, em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna, mudou o parecer que vetava uma alteração defendida pelo governo de Mato Grosso. A mudança foi feita a pedido do chefe de gabinete Negromonte, Cássio Peixoto. A troca fez o custo do projeto saltar de R$ 700 milhões, atingindo R$ 1,2 bilhão

Com informações da Agência Brasil

 


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