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Estado de Minas

Pimentel critica demissões na prefeitura de BH

Ministro sinaliza apoio ao vice-prefeito da capital


postado em 11/11/2011 06:00 / atualizado em 11/11/2011 08:00

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (PT), manifestou nessa quinta-feira, pela primeira vez, solidariedade ao vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), que teve 17 funcionários de seu gabinete demitidos pelo prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), semana passada. Nessa quinta-feira, durante ato de desagravo na sede do PT da capital, Roberto Carvalho leu para os militantes uma nota que, segundo ele, foi enviada por Pimentel. Transformada em  resolução do partido, ela classifica como “inusitadas” as exonerações por causa das divergências entre Lacerda e seu vice e diz que elas trazem preocupações ao partido, “por interferirem em práticas que deveriam sempre guiar as relações de aliados num governo de coalizão”.

O texto tenta amenizar o clima de rivalidade entre prefeito e vice e alega que Lacerda e seu partido têm sido aliados fundamentais. “Por isso somos tomados pela certeza de que ainda estaremos juntos em novas jornadas”, afirma trecho do texto, que contrastava com as faixas e cartazes fixados na sede do partido com duras críticas ao prefeito. A reportagem não conseguiu falar com Fernando Pimentel.

Maia

O ato aconteceu no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), admitiu a participação do PSDB em chapa com os petistas para reeleição de Marcio Lacerda à Prefeitura de Belo Horizonte, no ano que vem. Em passagem pela capital para receber homenagem da Câmara Municipal, ele disse que os petistas e os tucanos têm mais em “comum que se possa imaginar”. Já entre as lideranças mineiras, ainda não há consenso sobre o rumo do partido em 2012. Enquanto o vice-prefeito, também presidente do diretório municipal, reafirmou sua rejeição à aliança com o PSDB, o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, disse que a questão não é prioridade na discussão e que considera uma “bobagem” a legenda ter candidato próprio à PBH. Lopes não participou do ato de desagravo. Nenhum outro deputado federal compareceu.

Marco Maia pisou em ovos nessa quinta-feira diante da briga declarada entre o prefeito e seu vice. Acompanhado por outros deputados, ele foi recebido pelo vice no aeroporto da Pampulha, passou na prefeitura para visita de “cortesia” a Lacerda e, na Câmara para receber o Grande Colar do Mérito do Legislativo, voltou a encontrar com Carvalho. Questionado sobre a conversa com o prefeito, Maia disse que apenas discutiu questões de interesse da capital na Câmara dos Deputados, como obras para a Copa do Mundo’2014. Lacerda não quis falar com a imprensa. Em entrevista coletiva, Maia desconversou sobre a briga entre Lacerda e Carvalho e disse que cabe ao PT de BH avaliar se a aliança com o PSDB no governo do socialista foi positiva.

“O que posso afirmar é que há no ideário político do PT e do PSDB mais acordos e consensos do que se possa imaginar”, comentou, destacando que, embora não concorde com as prioridades do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), “não se pode desconsiderar a sua importância para a estabilidade econômica”. Rodeado por petistas que defendem a reedição da aliança de 2008, Carvalho ficou pouco tempo na homenagem a Maia na Câmara. “Vou defender até o fim isto: aliança sem PSDB. Errar uma vez é apenas um erro. Errar pela segunda é uma tragédia”, afirmou. Em relação à briga com Lacerda, que exonerou 17 funcionários do gabinete de Carvalho, o vice disse que “não guarda mágoas”.


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