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Estado de Minas

Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles pode deixar PMDB e migrar para PSD


postado em 07/10/2011 07:21 / atualizado em 07/10/2011 07:25

Brasília – Depois de passar pelo PSDB e pelo PMDB, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles mudará de partido novamente. Nessa quinta, seus advogados correram no sentido de garantir a sua desfiliação do PMDB de Goiás e começar a arrumar os papéis para que o guardião da política monetária nos oito anos do governo Lula transferisse o domicílio eleitoral para São Paulo. Amigos de Meirelles em Goiás davam como certa a perspectiva de ingresso ainda hoje no PSD de Gilberto Kassab. No horizonte, a tentativa de chegar à prefeitura da maior capital do país. A filiação deve ser confirmada ainda hoje no PSD.

Com a mudança do título para São Paulo, Meirelles surge como a maior novidade na corrida pela prefeitura paulistana, guindando Kassab à condição de articulador político capaz de imobilizar o presidente Lula sem atacar o petista diretamente.

Kassab e Meirelles tiveram pelo menos dois encontros no último mês. Silenciosamente, trocaram ideias sobre a economia brasileira, a crise europeia e as perspectivas políticas e também São Paulo. Entre os pessedistas, há quem diga que Meirelles foi tão ministro de Lula quanto Fernando Haddad. E se isso for levado ao pé da letra, foi até mais, uma vez que ingressou no BC no início do primeiro governo e só saiu em 2010. Durante os oito anos de governo, Lula rendeu homenagens a Meirelles e há um farto material gravado em seu favor. Também já foi do PSDB, de onde saiu em 2003 para assumir o Banco Central. Em 2009, ingressou no PMDB na perspectiva de ser vice de Dilma Rousseff. A operação não deu certo porque o PMDB não abriu mão de colocar ali um de seus maiores representantes. Depois, esperava ainda ser candidato a governador de Goiás. Mais uma vez foi preterido por um antigo peemedebista, Íris Rezende.

Desfiliação O presidente do PMDB de Anápolis, Air Ganzarolli, estava em Brasília num almoço com a deputada Íris de Araújo (PMDB-GO), quando recebeu um telefonema de Marconi Pimenteira, advogado de Meirelles, o mesmo que cuidou da filiação do secretário de Educação de Goiás, Thiago Peixoto, ao PSD. Pimenteira disse que precisava da assinatura de Ganzarolli ainda ontem no pedido de desfiliação. “O pedido já está comigo. Meirelles não está mais no PMDB”, afirmou. Como Ganzarolli só chegou a Anápolis no fim da tarde, Pimenteira procurou ainda o diretório estadual para se cercar de que a desfiliação ocorreu dentro do prazo.

Como não tem mandato, Meirelles pode ir para qualquer partido, sem correr riscos de retaliações ou ações judiciais. Não precisaria, necessariamente, seguir para o PSD. Em fase de consolidação, a legenda é a parada obrigatória para quem tem mandato e está desconfortável no partido de origem — pela sigla ter sido criada agora, ninguém perderia o posto eletivo por optar entrar em suas fileiras. (DR)

Em Minas

O PSD mineiro já tem confirmada a adesão de oito deputados estaduais – Fábio Cherem, Hélio Gomes, Wilson Batista, Cássio Soares, Fabiano Tolentino, Neider Moreira, Gustavo Valadares e Duarte Bechir – e ainda aguarda para hoje uma resposta de Neilando Pimenta (PHS), João Vítor Xavier (PRP) e Fred Costa (PHS). Com os parlamentares que já estão confirmados, a legenda recém-criada terá a terceira maior bancada da Casa, empatada com os oito deputados do PMDB. Perderá apenas para o PSDB e PT, que têm 12 e 11 representares respectivamente. Insatisfação com a legenda atual e a possibilidade uma atuação mais forte no Legislativo são as razões apresentadas pelos deputados que migrarão.


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