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Estado de Minas

Dilma garante renovação ilimitada nos Transportes

Em entrevista ao Estado de Minas, presidente Dilma Rousseff afirma que a reestruturação dos Transportes será ampla, com dança das cadeiras em cargos de comando até nos estados


postado em 23/07/2011 06:00 / atualizado em 23/07/2011 07:25


Brasília – A presidente Dilma Rousseff afirmou nessa sexta-feira, durante conversa com repórteres dos principais veículos de comunicação do país, que todos os cargos de comando do Ministério dos Transportes, do Dnit e da Valec serão substituídos. Dilma considerou a palavra "faxina" inadequada. Para ela, o que está ocorrendo é um processo de renovação completa para que a máquina pública ganhe eficiência. "O que não está funcionando precisa começar a funcionar. O que estamos fazendo é obrigação do governo. Temos que ter mais eficiência", disse Dilma.

"O que não está funcionando precisa começar a funcionar. O que estamos fazendo é obrigação do governo. Temos de ter mais eficiência" - Dilma Rousseff, presidente da República (foto: Zuleika de souza/CB/D.A press - 5/5/11)
A presidente deixou claro que nem todos os exonerados nesse processo são pessoas suspeitas de cometer irregularidades. Do início da crise até agora, foram 16 demissões. "Temos que ter cuidado (nesses julgamentos) porque tem gente que é inocente", afirmou. A presidente reconhece que nem todos na estrutura da pasta estão comprometidos, mas sinaliza que alguns exonerados terão de responder por erros cometidos. "Existem algumas coisas que precisam ser investigadas", declarou.

O mais recente exonerado foi o diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, um dos poucos integrantes da estrutura do Ministério dosTransportes filiado ao PT. Ele pediu demissão nessa sexta-feira. A crise na pasta teve início em 2 de julho, a partir da revelação de esquema de superfaturamento e cobrança de aditivos em obras rodoviárias e ferroviárias.

Indicações Em resposta a lideranças do partido, que reclamaram que a "legenda está sendo demonizada e que as demissões a conta-gotas são absurdas" , Dilma declarou que não se deve demonizar nem "a política nem os políticos". Ela alertou, contudo, que o bom funcionamento do governo é bom para a base aliada e um poder público eficiente é essencial para os partidos governistas. Dilma está disposta a desmontar o esquema de loteamento que a legenda impôs na pasta. Nas superintendências estaduais do Dnit, por exemplo — que já perdeu cinco diretores, além de Luiz Antonio Pagot que será exonerado em breve — das 27 unidades, 16 têm indicação política. Em Alagoas, no Amazonas, em Roraima, no Mato Grosso do Sul, no Pará, no Amapá, em São Paulo, em Sergipe, em Goiás e no Distrito Federal, os superintendentes são oficialmente filiados ao PR.

Nos estados do Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco e Tocantins, os chefes são servidores de carreira sem filiação à legenda, mas indicados por líderes do partido. A intenção da presidente, como adiantou o Estado de Minas, é promover as principais mudanças antes do início dos trabalhos parlamentares do segundo semestre, já que os principais cargos precisam ser sabatinados pelo Congresso. Ela não adiantou nomes durante a conversa nem qual é o perfil imaginado para os futuros ocupantes dos cargos.
Procedimentos A presidente ressaltou que a mudança será mais do que uma mera troca de nomes e padrinhos políticos. Ela quer alterar procedimentos. "O governo pretende ter um controle maior da execução financeira e orçamentária das obras de infraestrutura", declarou Dilma. Ela admitiu que pode haver "discrepâncias" no momento de elaboração dos projetos básicos das obras. Para corrigir essas distorções, o governo passou a exigir projetos executivos bem elaborados.


Pedido de demissão

Com a saída do petista Hideraldo Luiz Caron e com a iminência do pedido de demissão de Luiz Antonio Pagot, indicado pelo PR, o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Dnit, Geraldo Lourenço de Souza Neto, ganhou força no órgão, por prazo limitado. Geraldo será substituído no cargo, a exemplo de todos os postos-chave do Ministério dos Transportes. Enquanto isso não ocorre, o diretor de Infraestrutura Ferroviária acumula mais uma diretoria: a de Administração e Finanças. Ao deixar o cargo, Caron afirmou ser exagerada a quantidade de demissões no ministério. Ele afirmou ainda que a presidente pediu corte nos gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que implicaria a exclusão de obras. A entrega da carta de demissão de Pagot, diretor-geral afastado do Dnit, estava prevista para a noite dessa sexta-feira.

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