No Senado, Clésio Andrade tenta agradar Dilma e Aécio

O senador Clésio Andrade (PR-MG), que integra a base aliada do governo Dilma Rousseff (PT) no Congresso, tentou agradar a gregos e troianos durante um aparte ao discurso inaugural de Aécio Neves no Senado, nesta quarta-feira. Apesar de ser governista, Clésio rasgou elogios ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), dizendo que o tucano teve uma posição ''forte'' e ''corajosa'' ao promover privatizações no setor de telefonia e de transportes. Em seu discurso, Aécio havia cobrado o reconhecimento aos feitos do governo FHC que, para ele, lançou as bases econômicas para o crescimento do país durante o governo Lula.

Clésio reafirmou a postura pró-Dilma durante essa legislatura e fez vários elogios ao governo Lula, mas sinalizou que pode debandar para o lado de Aécio no caso de uma candidatura em 2014. ''Começa por aqui uma alternativa que se cria naquilo que será o futuro do país. O país deverá ter presidente que são grandes gestores, como você, o Blairo [Maggi, ex-governador do Mato Grosso], igual a presidente Dilma'', afirmou Clésio, que foi vice-governador de Minas Gerais durante o primeiro mandato de Aécio em Minas Gerais (2002-2006).

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Em 2010, os dois acabaram brigando na justiça porque Clésio criou o movimento ''Helécio'', que apoiava a candidatura de Aécio ao Senado, em conjunto com a candidatura de Hélio Costa (PMDB), da chapa rival de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. Aécio desautorizou o movimento e conseguiu barrá-lo na na Justiça Eleitoral.