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Estado de Minas

Ministro italiano cobra extradição de Battisti


postado em 01/03/2011 07:15

Franco Frattini, ministro de Relações Exteriores da Itália, cobrou do Brasil a extradição de Cesare Battisti. Em Genebra para reuniões sobre direitos humanos, o representante do primeiro-ministro Silvio Berlusconi insistiu que não há outra alternativa senão enviar Battisti de volta para a Itália. "O próximo passo tem de ser a extradição", afirmou o ministro. ''Não há outra coisa a ser feita. Esse é o próximo passo (no processo)'', afirmou.

O ex-ativista foi integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e condenado pela Justiça de Milão à prisão perpétua por envolvimento em quatro assassinatos. Fugiu para o Brasil em 2007 e acabou sendo detido preventivamente pelas autoridades brasileiras, esperando a extradição para a Itália. Mas no último dia de governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Executivo deu sinal verde para a permanência de Battisti no Brasil, o que causou a irritação do governo da Itália e do Parlamento Europeu. Agora, aguarda na Penitenciária de Papuda, em Brasília, a decisão do Supremo Tribunal Federal. Os ministros do STF darão a palavra sobre o futuro de Battisti. Para os italianos, o ex-ativista deve ser tratado como um criminoso comum e cumprir a pena de prisão perpétua. A presidente Dilma Rousseff tem evitado falar sobre o assunto. Mas o novo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, insiste que a decisão de manter Battisti no Brasil não tem afetado a relação bilateral. "Todas as indicações que temos são de que há um grande apreço nas relações . O Brasil tem mais de 20 milhões de descendentes de origem italiana. Não identifico problema nessa situação", afirmou há 10 dias. Ontem, Frattini também reforçou a ideia de que, apesar da pressão, o caso não afeta a relação bilateral. "Somos grandes amigos do Brasil e temos uma ótima relação de parceria", afirmou Frattini. No início do mês Battisti entregou uma carta ao senador se defendendo e alegando que os crimes dos quais é acusado não foram de sua autoria. Segundo ele, os atos do grupo ao qual pertencia nunca provocaram ''ferimentos ou a morte de qualquer ser humano.


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