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A perspectiva racial na literatura brasileira, sistematicamente abordada nos festivais literários de Araxá e de Itabira, estará presente nos debates da Fliaraxá, informa o curador, escritor e empresário, Afonso Borges: “Mário de Andrade era pardo e sofreu o embranquecimento, aspecto relevante que também será objeto de análise de pesquisadores e intelectuais na Fliaraxá”.
Os três festivais literários que serão promovidos por Afonso Borges este ano dialogam com a temática do modernismo e têm por patronos personalidades que marcaram o movimento.
Mário de Andrade, do Fliaraxá, foi amigo dileto de Carlos Drummond, patrono do 3º Festival Literário de Itabira (Flitabira) - entre 31 de outubro, aniversário do poeta itabirano e 6 de novembro. De Minas Gerais, nas décadas de 20 e 30, saem expoentes do modernismo que vão influenciar gerações do século 20, mudando de forma definitiva a mentalidade cultural brasileira. “Carlos Drummond de Andrade sai de Belo Horizonte nos anos 30, para trabalhar com o também mineiro Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas. Dali irão incentivar escritores, poetas, jornalistas que alcançam expressão nacional”, afirma Afonso Borges, em referência a Ciro dos Anjos, Abgar Renault, Aníbal Machado, João Alphonsus, Avelino Fóscolo, Augusto de Lima, Eduardo Frieiro, Diogo de Vasconcelos, Mário Matos, João Dornas Filho, que, assim como Rodrigo Melo Franco de Andrade, marca a história do patrimônio artístico e cultural do Brasil.
Mário de Andrade, do Fliaraxá, foi amigo dileto de Carlos Drummond, patrono do 3º Festival Literário de Itabira (Flitabira) - entre 31 de outubro, aniversário do poeta itabirano e 6 de novembro. De Minas Gerais, nas décadas de 20 e 30, saem expoentes do modernismo que vão influenciar gerações do século 20, mudando de forma definitiva a mentalidade cultural brasileira. “Carlos Drummond de Andrade sai de Belo Horizonte nos anos 30, para trabalhar com o também mineiro Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas. Dali irão incentivar escritores, poetas, jornalistas que alcançam expressão nacional”, afirma Afonso Borges, em referência a Ciro dos Anjos, Abgar Renault, Aníbal Machado, João Alphonsus, Avelino Fóscolo, Augusto de Lima, Eduardo Frieiro, Diogo de Vasconcelos, Mário Matos, João Dornas Filho, que, assim como Rodrigo Melo Franco de Andrade, marca a história do patrimônio artístico e cultural do Brasil.
Além de compartilharem o ideário do movimento modernista e de terem sido amigos, Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade mantiveram correspondência regular entre 1924 e 1945, obra epistolar retratada em “Carlos & Mário” (Bem-Te-Vi) que será abordada no Flitabira sob o tema “Cartas de Drummond”.
Pela primeira vez realizado em Paracatu, o Fliparacatu será entre 23 e 27 de agosto - tendo por patrono Afonso Arinos Melo Franco. Natural de Paracatu, o autor da Lei Afonso Arinos, de 1951, contra a discriminação racial, foi político, jurista, historiador, professor e membro da Academia Brasileira de Letras. Tio de Rodrigo Melo Franco de Andrade, a Afonso Arinos é atribuída a precedência cronológica da chamada prosa regionalista, - tão valorizada pelo modernismo - presente em suas obras “Pelo sertão” e o romance “Os jagunços”, baseado na Guerra de Canudos e assinado com o pseudônimo de Olívio de Barros. A exposição “Portinari negro”, - artista brasileiro modernista de expressão internacional, ganha exibição pela primeira vez no Fliparacatu, dando ao festival a marca modernista, em destaque também à presença negra no movimento artístico.