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Estado de Minas ESPECIAL

Menos produção, PIB menor. Entenda o impacto da mineração na economia

Estimativas da Fiemg indicam ainda que a interrupção da atividade pode levar a um corte de aproximadamente 850 mil postos de trabalho


Brumadinho e região | Reconstrução
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Brumadinho e região | Reconstrução
postado em 30/06/2019 06:05 / atualizado em 01/07/2019 10:37

Vista noturna de instalações da Mina do Pico. Instalação de Tratamento de Minério da Mina do Pico, em Itabirito.(foto: Eugênio Sávio/Divulgação )
Vista noturna de instalações da Mina do Pico. Instalação de Tratamento de Minério da Mina do Pico, em Itabirito. (foto: Eugênio Sávio/Divulgação )
A forte queda na indústria extrativa, com a paralisação de parte da atividade minerária, teve grande peso no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre deste ano. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam queda de 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2018. O resultado foi puxado, em grande parte, pelos recuos da mineração (-6,3%) e confirma a piora do cenário econômico. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a expectativa é que o setor tenha crescimento nulo em 2019.

Caso se mantenham as interdições de complexos minerários, um dos reflexos será o recuo na projeção de crescimento do PIB mineiro, que deve apresentar queda de 4% e perda de mais de 100 mil empregos. A estimativa é da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em levantamento que analisa os efeitos da paralisação das atividades de algumas minas no estado, interrompida após a ruptura da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Até o ano passado, a produção de minério de ferro estimada pela Vale para 2019 estava em torno de 400 milhões de toneladas. Com o rompimento da Barragem I e as paralisações de minas, a projeção caiu para 307 milhões, uma redução de pouco mais de 90 milhões de toneladas, que representam 25% do total previsto inicialmente.

O estudo da Fiemg aponta os impactos econômicos e sociais para Minas e o Brasil sob os aspectos de perda do faturamento, redução da massa salarial, aumento de desempregados, queda de arrecadação tributária e diminuição das receitas de exportações. Com o recuo da produção minerária, a entidade alerta para o risco da falta de matéria-prima em outros setores da indústria. De acordo com a análise, na cadeia de fornecedores da mineração, os setores mais afetados seriam o de comércio, transportes terrestres e armazenamento, construção, serviços financeiros e energia. As estimativas da Fiemg indicam ainda que a interrupção da atividade pode levar a um corte de aproximadamente 850 mil postos de trabalho, sendo 104 mil empregos no setor de extração minerária. Em um cenário pessimista, esse número poderia chegar a 1,48 milhão.

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