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Estado de Minas Prevenção

Pílula anticoncepcional e o risco de câncer: o que toda mulher deve saber

Veja mitos e verdades em relação do uso da pílula anticoncepcional e o câncer


Biocor
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Biocor
postado em 21/12/2020 15:04 / atualizado em 21/12/2020 15:26

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)

 
Os contraceptivos hormonais são usados por centenas de milhões de mulheres em todo o mundo há cerca de 60 anos, mas muitas delas ainda têm dúvidas e receios quanto aos possíveis efeitos colaterais e riscos à sua saúde. O medo de desenvolver câncer mesmo após anos da interrupção do uso da pílula é um ponto relevante que deve ser devidamente esclarecido. A disseminação de notícias nem sempre embasada em estudos confiáveis na internet e mídias sociais contribui para ampliar as dúvidas e medos.

O fato é que o assunto já foi avaliado por vários estudos e,  aparentemente , os resultados são animadores. O uso da  pílula anticoncepcional produz efeitos benéficos além da proteção contra gestações não planejadas tais como: regularização do ciclo menstrual, controle do sangramento e melhora da anemia além de redução das cólicas menstruais e acne. 

Em relação ao câncer, em geral o uso dos contraceptivos hormonais parece reduzir em 4% o risco de qualquer tipo de câncer quando se compara com mulheres que nunca usaram o método. Observa-se ainda diminuição do risco de câncer de endométrio (porção que reveste internamente o útero) e ovário, um efeito que  persiste por longos anos após a interrupção do uso assim como proteção contra o câncer de intestino. 

Relação da pílula com o câncer de mama


A possível relação entre uso da pílula anticoncepcional e o câncer de mama é dúvida frequente e já foi tema de vários estudos que revelam, em média, aumento de risco baixo, de cerca de 10% durante o uso, bem menor quando comparado ao risco associado para quem bebe uma taça de vinho por dia (24 a 40%). 

Márcia Mendonça Carneiro é Ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto (foto: Divulgação/Biocor)
Márcia Mendonça Carneiro é Ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto (foto: Divulgação/Biocor)

Em relação ao câncer de mama, há uma preocupação maior das mulheres já eu a doença atinge uma em cada 8 mulheres segundo dados da American Cancer Society. O desenvolvimento deste tipo de câncer, entretanto está associado à presença de vários fatores de risco como nuliparidade, obesidade, sedentarismo e história familiar, o que parece ser mais relevante do que a presença de um único fator isolado. Assim, a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que as mulheres não interrompam o uso da pílula antes de uma avaliação médica, já que o possível aumento de risco parece variar com a idade da mulher e o tempo de uso da medicação. 

Em relação às mulheres que têm história familiar de câncer de mama, a pílula anticoncepcional é considerada um método seguro e pode ser usada conforme orientação da Organização Mundial de Saúde. Por outro lado, o uso de contraceptivos hormonais está formalmente contraindicado em mulheres que já tiveram câncer de mama ou qualquer câncer hormônio-dependente. Neste caso as opções incluem o DIU de cobre, diafragma e o preservativo. 

Estudos comprovam benefícios do uso da pílula


Um fato importante que deve ser levado em consideração é que o uso de métodos contraceptivos eficazes como a pílula reduz a mortalidade materna em cerca de 40%, o que é muito maior do que o risco de desenvolver câncer de mama. 

Do ponto de vista prático, o aumento de risco absoluto relatado em estudos recentes foi abaixo de 13 casos por 100.000 mulheres, mas apenas 2 por 100.000 mulheres com menos de 35 anos.  

Concluindo, a pílula anticoncepcional não aumenta significativamente o risco de câncer, aliás pode até proteger contra alguns tipos de tumores. O uso da pílula anticoncepcional é seguro e eficaz, apresenta vários benefícios não-contraceptivos, mas deve ser acompanhado e avaliado individualmente. 

A prevenção do câncer é parte fundamental do cuidado de saúde de toda mulher e envolve a realização de exame periódicos além da adoção de hábitos saudáveis, incluindo dieta e atividade física.
 
Márcia Mendonça Carneiro
Ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto 

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